Fico a imaginar o que o saudoso Leonel Brizola diria sobre o governo Bolsonaro em relação a educação. “A educação é a prioridade das prioridades”, não cansava de dizer o fundador do Partido Democrático Trabalhista (PDT).
O governo bolsonariano, via Ministério da Educação, acaba de bloquear quase R$ 7,5 bilhões das Universidades Federais, o que já afeta os cursos de mestrado e doutorado.
No tocante às instituições de ensino superior da Bahia, a irresponsabilidade é de R$ 40 milhões, atingindo a UFSB (Universidade Federal do Sul da Bahia), UFOB (Universidade Federal do Oeste da Bahia) e UFRB (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia), respectivamente em torno de 12, 11,8 e 16,3 milhões.
“O bloqueio destes valores, se não for revertidos, inviabilizam até o final do ano, o funcionamento de vários serviços da universidade, além de impactar diretamente no pagamento das contas de água, luz, telefone, limpeza e vigilância”, diz Sílvio Soglia, reitor da UFRB.
Pois é. Uma inominável irresponsabilidade. E ainda tem gente, e muita gente, incluindo aí alguns professores, que ficam calados só porque votaram em Jair Messias Bolsonaro, que caminha a passos largos para ser o inimigo número 1 da educação.
Se continuarem com essa perseguição, achando que a educação é coisa secundária, vamos ter um país sem nenhuma perspectiva de dias melhores. Ora, como ter esperança em um governo que trata a imprescindível política educacional com desdém?
Que os alunos separem um dinheiro, que já é pouco, para comprar velas, garrafinhas de água, papel higiênico e andem sempre acompanhado.
Que coisa, hein! A educação sendo tratada como se fosse algo desprezível. Olhe, pelo andar da carruagem, não duvido que apareça até um, digamos, “lixão da educação”.
Os evangélicos, cuja maioria votou no então candidato Jair Messias Bolsonaro, quando se defrontam com essas situações, costumam dizer que “só Deus na causa”.
Vamos torcer para que o governo de plantão tenha mais juízo. A educação é tudo, é a tábua de salvação de qualquer país do mundo.
