Como exercício em excesso pode afetar coração, fígado e músculos


Pesquisadores da USP e Unicamp estudam o assunto há uma década


Já se sabe que treinar demais e descansar de menos causa problemas como insônia, enfraquecimento da imunidade e dores.

Um grupo de pesquisadores brasileiros tem sido pioneiro em ir além – na verdade, para dentro do corpo: eles buscam os efeitos do exercício físico excessivo em órgãos vitais como o coração e o fígado.

Os cientistas, das universidades estaduais de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto e de Campinas (Unicamp) em Limeira, já estudam há uma década o impacto deste excesso no organismo – e reuniram suas principais descobertas em um artigo recém-publicado no periódico internacional Cytokine. As pesquisas receberam apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Coração, fígado, músculos e sistema nervoso mostraram, em experimentos com camundongos conduzidos pelos pesquisadores, alterações – algumas prejudiciais – após treinos muito intensos. Os testes incluíram corridas no plano, na subida e na descida por oito semanas.

A prática é nociva para o organismo, alertam os autores, caso não haja um período adequado de descanso e recuperação.

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