Do Fonseca ao Bolshoi, itabunense já sonha com carreira internacional


Bailarino recebe apoio da Ficc (Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania)


Jadson Reis com a mãe, Ana Paula, e o presidente da Ficc, Daniel Leão

A Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (Ficc) apóia e acompanha o desenvolvimento do jovem bailarino Jadson Santos Reis, 14 anos, que há cinco estuda dança no Balé Bolshoi, em Joinville, Santa Catarina. O exemplo dele tem sido referencial para um projeto a ser encaminhado pelo Executivo ao Legislativo, propondo a criação inicial de 10 bolsas para estudantes e atletas com elevado potencial técnico.

Em Joinville, Jadson vive com uma mãe social e recebe da Ficc ajuda para moradia e transporte. Ele sempre acorda cedo e pela manhã frequenta as aulas regulares do nono ano e ao deixar a escola, almoça no Balé Bolshoi, onde ensaia no período da tarde por quatro horas seguidas.

O jovem, que se forma nos próximos três anos, já participou da montagem de dois espetáculos, como O Quebra-Nozes,  um dos três balés compostos por PiotrIlitch Tchaikovski, que se passa na casa de Clara numa noite de Natal e Don Quixote,  um espetáculo em quatro atos e oito cenas, baseado em episódios tirados da imortal novela Don Quixote de la Mancha de Miguel de Cervantes.

Origem e ideal

Jadson Santos Reis nasceu no bairro Fonseca e é filho de uma feirante e pai desempregado, projeta sua carreira no mundo do balé profissional e não descarta a possibilidade de procurar um emprego fora do Brasil, alçando voos no competitivo mercado internacional num mundo cada vez mais globalizado. Ele também promete voltar sempre a Itabuna, terra de suas raízes e contribuir com o seu trabalho na difusão do balé entre jovens.

Ele conta que descobriu o balé por acaso, acompanhando um dos três irmãos que estudava num projeto de dança na comunidade onde morava. Motivado em função das aulas a que assistia, se inscreveu e foi aprovado aos nove anos no primeiro teste para o Bolshoi no Brasil.

Nestes cinco anos de curso intensivo em Joinville, Jadson Santos Reis destaca que participou de avaliações com representantes do Bolshoi no Brasil e de outros país, entre os quais Ivan Vasiliev, um bailarino russo conhecido internacionalmente, que venceu a Competição Internacional de Balé de Moscou em 2005 e os Grand Prix de Varsa e Perm em 2006, a quem tem como referencial e um exemplo para sua futura profissionalização. Afinal, não custa nada sonhar em voos altos e possíveis.