Mais de 3 mil toneladas no primeiro mês do aterro sanitário


Resíduos, com novo destino, vêm do antigo lixão de Itabuna


Novo cenário: caminhão sendo pesado antes de despejar rejeitos no aterro (Foto: DCS)

O aterro sanitário da Central de Valorização de Resíduos Costa do Cacau, (CVR), localizado na BR- 415, já processou 2.051 toneladas de resíduos sólidos do antigo lixão de Itabuna em quase um mês de operação. Já os resíduos de construção civil, somam 1.210 toneladas, que chegam ao aterro.

O secretário municipal de Infraestrutura e Urbanismo, Almir Melo Jr, acredita que parceria da Prefeitura de Itabuna com o aterro é um avanço para a cidade.  “Já é um grande passo, já que cumprimos a Lei de resíduos sólidos e ajudamos a despoluir o meio ambiente”, destacou em uma referência à Lei nº 14.026/2020, do Marco Regulatório de Saneamento Básico.

O gerente comercial da empresa, Rodrigo Zaché, ressalta que a destinação legalizada dos resíduos contribui para o desenvolvimento industrial de Itabuna. “A maioria das empresas, antes de se instalarem nas cidades, avaliam se há um tratamento do lixo, e Itabuna agora já está atende a esse parâmetro”, falou.

Situação de catadores

A mudança também deve beneficiar catadores, que sobreviviam da reciclagem dos materiais sólidos no lixão, em condições sub-humanas. Isto porque as famílias já começaram a receber cestas básicas e algumas serão contempladas com auxílio aluguel e uma bolsa de 700 reais.

“Eles criaram uma associação e em 30 dias terão suporte de ecopontos que nós vamos instalar na cidade, para despejo do lixo seco, a exemplo de latas, papelão e embalagens plásticas em um galpão que vai contar com uma esteira para ajudar na separação dos recicláveis”, afirmou Almir Melo Júnior, secretário municipal de Infraestrutura e Urbanismo.

O fim do lixão representa um benefício à saúde pública, principalmente porque estava localizado a dois quilômetros do Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães. Por dia, 20 caminhões compactadores chegam ao aterro sanitário, na BR 415, para a destinação dos resíduos.

“Todo o lixo é fracionado de forma que não tenha contato com solo. Já o líquido poluente é armazenado e passa por uma transformação até se transformar em água para reuso e o gás metano é captado e eliminado, durante o processo”, explicou Rodrigo Zaché, gerente comercial da empresa CVR.

Conselho de Meio Ambiente

Nesta terça-feira (26), às 15 horas, o Conselho Municipal de Meio Ambiente fará uma visita ao aterro sanitário para ver todo o processo de destinação final dos resíduos coletados na cidade. Técnicos da Prefeitura e da CRV irão explicar aos conselheiros passo a passo o processo de operação do aterro sanitário.