Para o lulopetismo, obviamente sob a batuta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presença do petista-mor no segundo turno é favas contadas. A opinião é unânime.
E quem seria o adversário da segunda etapa? A resposta só leva a dois nomes: Jair Messias Bolsonaro (sem partido) e Ciro Gomes (PDT). O atual chefe do Palácio do Planalto com uma grande vantagem sobre o pedetista. Percentualmente, diria que Bolsonaro tem 80% nas apostas e o pedetista 20%. Não se cogita outro nome.
Vale lembrar que o ex-juiz Sérgio Moro, o animador de auditório Luciano Huck, Tasso Jereissati e João Doria, ambos do PSDB, respectivamente senador e governador de São Paulo, não serão candidatos no pleito de 2022.
Petistas e bolsonaristas não acreditam em outra opção, dentro da chamada “terceira via”, que possa oxigenar o movimento “Nem Lula, Nem Bolsonaro”, nem o “mito” da esquerda e nem o “mito” da direita.
E onde entra Jaques Wagner nesse emaranhado jogo político? Pelas recentes declarações do ex-presidente Lula, a candidatura de Wagner ao governo da Bahia, na busca do seu terceiro mandato, é irreversível. Matematicamente falando, 2+2=4.
O ex-mandatário maior do país, que reconquistou a elegibilidade depois de passar 580 dias preso em decorrência da Operação Lava Jato, não abre mão de candidaturas do PT com chances de sair vitoriosas na disputa pelos governos dos Estados, como a de Jaques Wagner, que terá pela frente um adversário duro, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (DEM).
A decisão de Lula, assentada no manda quem pode, obedece quem tem juízo, afasta qualquer possibilidade do senador Otto Alencar ser o candidato da base aliada na sucessão de Rui Costa. E se o atual chefe do Palácio de Ondina resolver disputar o Senado da República, como fica o presidente estadual do PSD?
Se de um lado tem ACM Neto cheio de problemas em virtude dos seus infantis erros políticos, tem o outro lado com muitos caciques dispostos a lutar, com a faca entre os dentes, por uma vaga na chapa majoritária.
Portanto, só uma certeza: Jaques Wagner como candidato a governador da Bahia.