Politicamente falando, Augusto Castro, prefeito de Itabuna, quando não está cuidando da parte administrativa do governo, usa o tempo disponível para alavancar a já deflagrada campanha de Andrea Castro ao Parlamento estadual.
Em relação as sucessões do governador Rui Costa (PT) e do presidente Bolsonaro (sem partido), o alcaide vai esperar o posicionamento do senador Otto Alencar, liderança maior do seu partido, o PSD. Não dará um passo sem consultá-lo.
A posição de Otto, no tocante à disputa pelo comando do Palácio de Ondina, vai ser assentada na decisão do lulopetismo sobre a composição da majoritária. Dificilmente aceitará ser vice de Jaques Wagner, como deseja o diretório estadual do PT e a cúpula nacional da legenda, obviamente com o aval do ex-presidente Lula, que ver com bons olhos – e olhos que lembram os da coruja – uma chapa com Otto na vice de Wagner.
E a sucessão municipal de 2024? Aí o caro leitor vai dizer, e com toda razão, que ainda é muito cedo para comentar sobre o assunto. O que eu poderia adiantar é que se a eleição fosse hoje, o único adversário do prefeito de Itabuna, na sua tentativa de quebrar o tabu da reeleição, já que nenhum gestor conseguiu o segundo mandato consecutivo, seria o médico Isaac Nery, do Republicanos, sigla ligada a Igreja Universal do Reino de Deus.
Pastores da Igreja, com o consentimento do deputado federal bispo Márcio Marinho, já estão mantendo contatos com lideranças políticas e dirigentes partidários. Por enquanto, sem a presença de Isaac. Uma espécie de sondagem sobre a aceitação do nome do médico.
Lá na frente, o resultado para o governo da Bahia pode influenciar o surgimento de outros prefeituráveis, outros postulantes ao cobiçado comando do centro administrativo Firmino Alves.
Se ACM Neto (DEM) for o próximo governador da Boa Terra, o vice-prefeito Enderson Guinho, filiado a sigla, depois de passar pelo PDT e Cidadania, será candidato. O mesmo raciocínio vale para Geraldo Simões (PT) em relação a Jaques Wagner.
Entrar na história política de Itabuna como o primeiro chefe do Executivo a ser reeleito é o grande desafio de Augusto Castro. Vale lembrar que Fernando Gomes foi cinco vezes prefeito sem conseguir se reeleger.
Será que Augusto Castro vai quebrar o tabu da reeleição? A resposta mais aconselhável é que ainda é muito prematuro falar sobre o tema, mesmo sendo o especular um ponto inerente ao jornalismo político, desde que dentro de certa lógica e sem invencionice, muitas delas até hilariante.
O leitor mais atento perguntaria: Por que você está comentando sobre a sucessão de Augusto Castro? É porque ficam me cobrando, dizendo que a Coluna Wense só fala de Bolsonaro, Lula, Ciro, Rui Costa, Jaques Wagner, ACM Neto…
Faltam poucos meses para o ano eleitoral de 2022. 2024 está bem distante. Não tem como não ter os pleitos para o governo da Bahia e presidência da República como prioridades da modesta Coluna Wense.