O Rotary Club de Itabuna iniciou no último sábado (15) um trabalho de recuperação das casas da Rua de Palha, em Ferradas, com o objetivo de contribuir para que as famílias daquela comunidade possam retornar aos seus lares. A localidade, que possui cerca de 250 casas, é considerada uma das mais afetadas pela enchente do Rio Cachoeira, devido à condição precária em que a região ficou. A ação do clube é coordenada pelo Comitê de Crise e inclui a retirada de entulhos, higienização, pintura e pequenas reformas realizadas por profissionais da área e voluntários. Serão contempladas as casas que não foram construídas em área de preservação ambiental ou estejam condenadas pela Defesa Civil.
De acordo com a presidente do Comitê de Crise Mírian Paranhos, essa é uma forma de ajudar também a recuperar a autoestima dessas famílias – 132 pessoas que estão alojadas nas dependências da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e no Parque de Exposições Agropecuárias aguardando o momento ideal para retornar aos seus lares. “As casas estão úmidas, sujas, com paredes manchadas e algumas com forte odor, o que tem impedido o retorno, então, nossa ação tem o intuito de trazê-los de volta após a devida higienização, reparo e pintura delas”, explica.
Após o cadastramento das famílias realizado com a colaboração da Paróquia Bom Jesus da Lapa, através do Padre José Roberto, foi feito levantamento das necessidades de reparo em cada casa. Essa etapa contou com orientação da arquiteta Leila Lessa, que atua na prefeitura Municipal, e também do engenheiro civil Emerson Loiola, que junto aos representantes do comitê visitaram as moradias para avaliar o estado de cada uma. As visitas tiveram a participação do rotariano Ailton Matos e do governador 2019-20 Paulo Pereira do Distrito 4391 do Rotary. Em seguida, através da parceria firmada com o grupo Pai Mendonça e com o grupo Conlar, foram adquiridos os materiais a serem utilizados, entre eles, tintas, argamassa, areia e cimento.
O presidente do Rotary Club de Itabuna neste ano rotário 2021-22, Diogo Matheus Rodrigues, recorda que logo na primeira visita à comunidade da Rua de Palha o comitê identificou qual seria a ajuda humanitária, visto que outras instituições e até mesmo o poder público já os estavam auxiliando com donativos e não havia esse olhar para a restauração das casas. “Todos os companheiros do nosso clube concordaram em direcionar a nossa ajuda para essa ação, pois é desumano as pessoas conviverem naqueles ambientes da forma destruída em que ficaram após a enchente”, justificou.
De acordo com o presidente, essa foi apenas uma primeira ação solidária do clube para atender às famílias vitimadas entregando um ambiente seguro, limpo e até mesmo livre de doenças. “O trabalho não para. Nosso intuito é contribuir de outras formas para levar bem estar e esperança a essas pessoas. Concluindo essa etapa das reformas, já estaremos nos organizando para as próximas”, afirmou.