O prefeito Augusto Castro (PSD) trabalha para ter o apoio de 15 partidos em torno da sua reeleição. Doze legendas já são dadas como favas contadas.
Como recentes aliados, o PSDB, agora sob o comando de Afonso Dantas, filho do ex-prefeito Ubaldo Dantas, e o Podemos, agora comandado pelo major Fábio Santana, que vai substituir Humberto Mattos na titularidade da secretaria de Segurança e Ordem Pública.
Nesse emaranhado jogo político, onde não há espaço para os ingênuos, sobrevivem os mais espertos, que conseguem até, sem nenhuma dificuldade, dar beliscão em azulejo. E com as unhas grandes.
Em relação a federação *Brasil da Esperança*, composta nacionalmente pelo trio partidário PT/PCdoB e PV, o chefe do Executivo municipal tem ao seu lado os comunistas, os verdes e um segmento do PT, o chamado PT 2 ou augustiano.
A verdade, nua e crua, é que ninguém sabe como vai se comportar essa federação na hora da onça beber água, como diz a sabedoria popular. O manda quem pode, obedece quem tem juízo, pode vim à tona com a proximidade do pleito de 2024.
Vale lembrar que a federação foi imprescindível para a sobrevivência política do PCdoB e PV. Uma espécie de “tábua de salvação”. Se não fosse esse “jeitinho brasileiro”, com o aval do Partido dos Trabalhadores, comunistas e verdes estariam em uma situação complicada.
O que se comenta nos bastidores, longe dos holofotes e do povão de Deus, é que a próxima investida de Augusto tem como alvo o PDT e o Republicanos, que têm, respectivamente como prefeituráveis, o médico Isaac Nery e o ex-gestor capitão Azevedo. A missão é considerada muito difícil. Lembrando ao caro e atento leitor que Augusto já tentou atrair o Republicanos.
E o MDB ? Pelas últimas declarações de Lúcio Vieira Lima, presidente de honra da sigla, o partido caminha a passos largos para se aliançar com o ex-prefeito Geraldo Simões (PT). O emedebista deixou bem claro que o MDB está bem distante de apoiar o segundo mandato do atual gestor.
Lúcio deve ter suas razões. Acredito que em decorrência das eleições de 2022, mais especificamente no tocante ao pleito para a Assembleia Legislativa do Estado.
E o PSB ? O Partido Socialista Brasileiro, presidido na Boa Terra pela deputada federal Lídice da Mata, que tem no comando local João Carlos, é o mais enigmático da base aliada jeronista quando o assunto é a sucessão de Augusto Castro. Não se sabe a posição da legenda diante do segundo mandato do alcaide.
A missão de uma aliança com 15 partidos, para quem está no poder, não é inatingível. A caneta do prefeito Augusto Castro é daquelas que tem tinta de várias cores.