Frutos da Oficina de Panetone, realizada com reeducandos na Padaria-Escola do Conjunto Penal de Itabuna, mais de 1 mil panetones vão compor a Ceia de Natal de centenas de famílias sul-baianas. A doação da iguaria natalina foi concluída na manhã desta segunda-feira (23), em duas instituições ilheenses. Na sexta-feira (20), outras quatro entidades já haviam sido contempladas em Itabuna.
A iniciativa da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária e Ressocialização foi executada pela empresa Socializa, que administra o Conjunto Penal de Itabuna, e teve apoio operacional da Polícia Penal e monitores de ressocialização do Conjunto Penal de Itabuna (CPI), e Presídio Ariston Cardoso, de Ilhéus.
O diretor do CPI, Bernardo Cerqueira Dutra, afirma que a iniciativa é uma demonstração do quanto as pessoas privadas de liberdade, se bem direcionadas, podem ajudar a fazer a diferença na sociedade. “Nosso trabalho tem sido orientado no sentido de promover as ferramentas sociais, educacionais e profissionais para que todos os reeducandos tenham a possibilidade de transformar suas vidas”.
Em Itabuna, os panetones foram doados a três lares de idosos – Abrigo São Francisco de Assis, Albergue Bezerra de Menezes e Fundação Dr Baldoíno -, ao Projeto Madalena, da Paróquia Santa Maria Madalena, e ao Grupo de Apoio à Criança com Câncer (GAAC). Em Ilhéus, foram contempladas a Associação Beneficente Assembleia de Deus Ilhéus e a Cooperativa das Mulheres Indígenas da Agricultura Familiar e da Economia Solidária (Comiagro).
*Excelência*
O gerente administrativo da Socializa no Conjunto Penal de Itabuna, Yuri Damasceno, afirma que “a ação desenvolvida pelo Governo do Estado e pela empresa Socializa levou em conta a excelência da mão de obra e a requalificação das instalações da Padaria-Escola e da Unidade de Alimentação e Nutrição”, para alcançar todos os objetivos envolvidos – a reintegração social do apenado e a ação de responsabilidade social da empresa, atendendo a um chamado da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária e Ressocialização para o apoio ao programa Bahia Sem Fome.
“Com essa ação direta, alcançamos centenas de famílias nas duas cidades. No entanto, antes disso já havíamos feito doação semelhante aos familiares dos próprios internos. Assim, levando em conta que atendemos a cerca de 800 reeducandos de 30 comarcas da região, é possível mensurar a importância do projeto como algo ainda maior do que a doação a essas seis instituições”, finaliza Yuri Damasceno.