A DISPUTA PELO COMANDO DO UNIÃO BRASIL (UB)


Chance de Alice de assumir o comando do UB é remotíssima, diria até que inexistente


A fusão do DEM com o PSL, para formar o União Brasil (UB), depois de tantas conversas e disse-me-disse, foi aprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A nova legenda se torna a mais rica da política brasileira. Seus fundos eleitoral e partidário, que são públicos, se aproximam da “irrisória” quantia de R$ 1 bilhão. É isso mesmo: R$ 1bilhão.

Sendo o maior partido da Câmara dos Deputados, com um invejável tempo no palanque eletrônico e toda essa dinheirama, o União Brasil vai ter uma influente participação nas eleições de 2022. O tal do “faz me rir” passa a ser o maior trunfo do neopartido.

E como fica a composição das comissões provisórias nos Estados e municípios? Aqui na Bahia, o comando da UB deve ficar sob a batuta de ACM Neto, que vai ser o secretário nacional na nova sigla. O ex-prefeito soteropolitano e pré-candidato ao governo da Boa Terra deve indicar um correligionário de confiança para assumir o partido. O deputado federal Elmar Nascimento é o mais cotado.

Em Itabuna, a expectativa de quem vai ficar na linha de frente gira em torno de dois nomes : o vice-prefeito Enderson Guinho e o radialista Binho Shalon, respectivamente atual presidente do DEM e do PSL. O vice, que é postulante a uma vaga no Parlamento federal e já declarado prefeiturável na sucessão de Augusto Castro (PSD), deve assumir à presidência da nova agremiação partidária. Binho Shalon fica com a secretaria-geral, obviamente se aceitar a proposta.

No tocante à sucessão do Palácio de Ondina, Guinho e Shalon vão estar de mãos dadas em torno da legítima e democrática pretensão de ACM Neto de ser a próxima autoridade-mor do Poder Executivo estadual. Quanto à sucessão do presidente Bolsonaro, devem caminhar por estradas diferentes. Binho Shalon é um entusiasmado morista, defensor da candidatura do ex-juiz Sérgio Moro (Podemos). Em relação ao vice, há uma dúvida entre Bolsonaro (PL) e Ciro Gomes (PDT).

Agora é esperar a poeira da euforia da fusão assentar para ver como ficará a composição da comissão provisória do UB em Itabuna.

PS – Maria Alice, fiel escudeira do ex-prefeito Fernando Gomes, que tem a obrigação de reconhecê-la como a responsável direta pelo seu sucesso político, tem seu nome ventilado nos bastidores. A chance de Alice de assumir o comando do UB é remotíssima, diria até que inexistente. Mas a possibilidade de integrar a diretoria não pode ser descartada.