Por Celina Santos
O pré-candidato a governador ACM Neto, numa intensa incursão pelo interior baiano, aportou ontem (14) em Itabuna e reuniu a imprensa para fazer um panorama do que considera credenciais para ser o próximo mandatário do nosso estado.
No auditório da centenária Associação Comercial de Itabuna, explanou sobre nortes que pretende abraçar no Palácio de Ondina.
Por falar nesse local, o Diário Bahia mencionou a herança política vinda do saudoso governador e senador Antônio Carlos Magalhães. Para uns, o “painho da Bahia”; para outros, o “Toninho Malvadeza”.
Então, provocamos: Se eleito, que malvadeza o senhor não levará ao Palácio de Ondina, pra a gente ficar de olho? Mas pode falar de “bem-vadeza” também, se quiser.
Aí, obviamente, ACM Neto defendeu o vôinho dele. Legítimo, não é? “Eventuais qualificações que no passado adversários possam ter em relação ao meu avô Antônio Carlos… Até porque, onde eu chego hoje, em qualquer lugar da Bahia, vejo o carinho, o amor, o respeito de muitas pessoas por ele. Apesar de ter nos deixado há 15 anos, sua presença é muito sentida, em função da sua história”, cravou.
Quanto à postura dele (Neto), enfatizou a importância de fatos; muito mais do que promessas. “É o que aconteceu durante oito anos como prefeito de Salvador. A postura que tive conduzindo uma cidade com três milhões de habitantes, é preciso ter capacidade de compreender diferenças, procurar conciliar os caminhos”.
E completou: “Quando a gente é eleito para um cargo executivo, não pode trabalhar apenas pelas pessoas que votaram na gente. Temos que trabalhar para todos”.
Por falar nisso, o pré-candidato de oposição (estilingue) fez o papel de apontar falhas no atual governo (vidraça). Mencionou indicadores indesejáveis em questões como segurança e educação, por exemplo.
Entre projetos que chamam a atenção, investimentos na cultura, para que se possa colher (no plano econômico) os louros de por aqui haver tanta riqueza cultural.
Vai com quem?
Na segunda pergunta levada ao pré-candidato, a tentativa de vê-lo revelar em quem vai votar para presidente. Perguntava para o cidadão Antônio Carlos Magalhães Neto.
Confesso que fui até indelicada por reiterar a pergunta no meio da resposta. E ele: pediu que o deixasse completar o raciocínio. Ok.
O pretendo alcaide até finalizou o pensamento, mas disse que só tornará público em outubro em quem votará.
E sinalizou a razão: à frente dele estava o deputado federal Márcio Marinho (Republicanos), que marchará pela reeleição de Jair Bolsonaro (PL), e o presidente do Solidariedade, deputado Luciano Araújo. Esta sigla declarou apoio ao retorno do ex-presidente Lula (PT).
Portanto, por ora, ACM Neto não conta nem “sob beliscões” para qual número vai dizer “confirma” na urna. Ele adiantou, porém, que vai buscar apoio para a Bahia junto a qualquer que seja o presidente. “Decidimos não nacionalizar as eleições”, alegou.
É isso. Leitores, não contem ao Neto, mas o jingle (releitura da musiquinha de ACM na nossa infância) dificulta a imparcialidade dessa jornalista que vos escreve, viu? Ainda mais com percussão! (Risos)