Advogada itabunense toma posse na Defensoria Pública da Bahia



Laís Santos Oliveira com o defensor público geral, Clériston Cavalcante de Macêdo

Foi empossada como Defensora Pública do Estado da Bahia a advogada itabunense Laís Santos Oliveira. A solenidade aconteceu recentemente, no auditório da Escola Superior do referido órgão. A nova defensora, filha do contador e também advogado Jesuíno de Souza Oliveira com a psicopedagoga Rosilda Pereira dos Santos Oliveira, está há um ano residindo em Salvador com a irmã, Dra. Luciana Santos oliveira, servidora no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).

Ao todo, foram empossados 14 defensores, resultado do VII Concurso de Defensor Público realizado pela Instituição. “Faço aqui um chamado a todos os defensores públicos e a todas as defensoras públicas. O povo brasileiro e a democracia precisam de nós mais do que nunca. Precisamos estar à altura dessa missão. Esse é um chamado cheio de esperança e de confiança em cada um de vocês. Não quero que sejam emulações de ninguém. Quero que sejam únicos. Que sejam defensores. Nada pode ser mais belo!”, disse o defensor público geral, Clériston Cavalcante de Macêdo.

Laís Oliveira vem de uma série de conquistas na área em que se formou. No último dia 06 de novembro, venceu o VI Prêmio Patrícia Acioli de Direitos Humanos, realizado na sede do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Na seleção, promovida pela Associação dos Magistrados daquele estado (AMAERJ), ela concorreu na categoria Trabalhos Acadêmicos.

Múltiplas vozes

Após a leitura do juramento feita pelo defensor público Matheus Fassy, foi proferido um discurso feito a três mãos. A defensora pública Juliana Klein, representante da lista de ampla concorrência, disse que o objetivo do discurso ter sido dividido com as defensoras públicas Daniely Melo e Nathiele Pereira era romper a ideia de voz única. Por isso, a opção pela multiplicidade de vozes em respeito e reafirmação à diversidade e inclusão.

“Mesmo representando a maioria da população, por muitos anos a nossa voz não pode ser ouvida. As instituições de todo o Brasil eram compostas de uma única cor: a cor branca. Estudos do IBGE divulgados este ano mostram que a diferença de renda entre negros e brancos voltou a crescer na Bahia. Em oposição a este cenário, a Defensoria Pública da Bahia destinou no VII Concurso de Defensores Públicos 30% das vagas à população negra”, destacou a defensora pública Daniely Melo.

Já a defensora Nathiele Pereira, em um discurso emocionado, falou da luta enfrentada pelas pessoas com deficiência: “Atualmente, tem-se um cenário de luta para a inclusão social. É importante que haja transformação social para que as barreiras se tornem ponte de acesso. Porque a pior deficiência está na própria sociedade, em especial pela falta de respeito e tolerância”.