Por João Otávio Macedo
Enfim estamos a poucas horas do final do ano de 2022. Como acontece quando um novo ano se inicia, o que passou, para alguns foi bom; para outros , foi péssimo e, para a maioria, não foi nem bom nem ruim, tal como sempre ocorre desde que a chamada civilização decidi dividir o tempo em dias, meses e anos.- Mas o ano que passou apresentou alguns fatos que merecem ser citados; em primeiro lugar fomos , pouco a pouco, ficando livres da terrível pandemia que colocou o mundo de joelhos e pôs a população em polvorosa; a doença causada pelo temido vírus continua mas, sem duvida alguma houve uma diminuição da morbi-mortalidade embora ainda tenhamos que conviver com o mesmo por muito tempo, segundo a opinião dos cientistas.
O ano que está findando também foi marcado por eleições em vários níveis e, como em qualquer processo eleitoral, há vencedores e derrotados; desde 1958 que venho comparecendo às urnas e, no resumo contábil sou mais um perdedor do que um vitorioso mas isso , em vez de me causar algum aborrecimento ou tristeza, dá-me uma certa tranquilidade por que a prática tem mostrado que, excetuado o período da eleição e posse dos eleitos, o saldo do trabalho da chamada classe política não e algo para ser elogiado; o ano também foi marcado pela realização da Copa do Mundo, a nossa seleção não trouxe o almejado troféu mas o mundo assistiu a uma final memorável que ficará para sempre marcado na memória como um jogo que deu alegria aos torcedores. Não tive nenhum trauma com o Brasil voltando para casa mais cedo pois não sofro tanto com a Seleção como sofro com o meu Vasco da Gama..
Passagem de ano é, também, momento para dar um balanço do que fomos e do que fizemos no ano que está indo embora; as coisas boas que proporcionamos e, também, as ruins; a maioria sempre faz promessas para o Ano Novo, ora prometendo que vai fazer aquela dieta que é religiosamente prometida e não cumprida todos os anos; jura, solenemente, que vai frequentar uma academia para melhorar o físico mas essas promessas acabam sempre adiadas; há também as promessas à família para a compra de uma casa nova, ou de um carro novo e, quem sabe, aquela sonhada viagem ao exterior para desvendar aquelas maravilhas que, diariamente, a televisão está mostrando .
É assim mesmo; Ano Novo foi sempre marcado por esses desejos, por essas promessas, para, no final do ano, tudo se repetir; os sonhos fazem parte da nossa vida e é bom que nos acompanhem pois ajudam e diminuir as agruras da vida e nos animam a enfrentar a dura batalha do dia-a-dia.
Fazemos parte, diferentemente de algumas décadas atrás, de um mundo totalmente globalizado e sofremos o impacto das notícias, boas e ruins, que os meios de comunicação e as chamada redes sociais a todo momento estão nos martelando; é preciso analisar bem essas informações até para não sermos “engolidos” por elas; tenho observado que os meios de comunicação já não merecem a mesma credibilidade que desfrutavam no passado e isso é muito ruim até mesmo para a democracia cuja veracidade veiculada pelos jornais, revistas, radio e televisão já mereceram mais confiança do que no presente. Mas , não podendo mudar o mundo podemos, contudo, cumprir a nossa parte cultivando a verdade, mantendo os bons costumes, cumprindo as leis e os costumes sedimentados ao longo dos anos. Assim teremos um mundo melhor.
João Otavio Macedo.