Os agentes de combate a endemias, autorizados a entrar nas residências desde setembro, trabalham na expectativa de ver reduzida a infestação pelo mosquito causador de dengue, zika e chikungunya em Itabuna. Tal número estava em 5,1% no último LIRAa (Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti).
Segundo a coordenadora das equipes envolvidas no setor, Lucimar Santos Ribeiro, a nova pesquisa (última do ano) começará em 22 de novembro. Ela alerta que a proximidade do verão requer ainda mais cautela. “Acho que Itabuna não aguenta uma pandemia de Covid e ainda vir uma infestação por Aedes”, comenta, em entrevista ao Diário Bahia.
Ela explica que as visitas intradomiciliares estão sendo feitas com todos os cuidados. “Desde o início da pandemia, agentes estavam trabalhando só com mensagem educativa, sem entrar nos imóveis. Em fevereiro de 2021, iam a frente, fundo e lateral. [Em setembro], voltamos às atividades normais, nossos agentes já estão vacinados e usando os equipamentos de proteção individual [EPIs], usando máscara, álcool em gel…”, detalha.
A mais recente aposta dos agentes, devidamente informada à comunidade, é o uso de um novo larvicida, cuja ação para eliminar focos ocorre com rapidez. “É uma cápsula efervescente e a outra parte fica fixada no depósito durante 60 dias. Você vê o resultado num reservatório com focos após duas horas. É um produto biológico, não é químico; por isso, achamos que vai surtir efeito em nosso trabalho. Torcemos pra que seja mesmo eficiente”, descreve.
Recomendações à população
A coordenadora lembra o pedido constante aos moradores: “Cada um tirar dez minutinhos do seu tempo, para observar os reservatórios que possam acumular água, que esteja dentro ou no fundo da sua casa. Orientamos que não deixe vasilhas que possam acumular água, que olhe sempre sua caixa d’água, tem o trabalho feito por nossos agentes, tem também o trabalho de pulverização, que mata o mosquito já adulto”, completa.
Lucimar deixou claro, ainda, que os agentes de endemias seguem fazendo um trabalho meticuloso de combate ao tão temido mosquito. “No primeiro LIRAa deste ano estávamos com 8,9%, agora estamos em 5,1% e esperamos em Deus ter um resultado positivo no último. Porque estamos dando o melhor de nós, os agentes estão se empenhando e o trabalho está fluindo. Sendo linha de frente, na pandemia ninguém cruzou os braços”, reforça.