DO “NOVO” PARA O VELHO


Marco Wense comenta a possível queda de Edmilton Carneiro no ninho tucano


Depois de flertar com o Partido Novo, em um namorico que durou pouco tempo, Edmilton Carneiro, presidente da OAB de Itabuna, conversa com o velho PSDB.

O discurso da “nova política” escafedeu-se diante do pragmatismo. É melhor ter um tucano na mão, do que dois pássaros voando, como diz a sabedoria popular.

O PSDB, legenda do protegido Aécio Neves, que continua livre e solto, faz oposição ao governador Rui Costa (PT), hoje aliado do alcaide Fernando Gomes, ainda sem agremiação partidária depois que rompeu com ACM Neto (DEM).

Em Itabuna, o PSDB, que pode ficar sob a batuta do advogado Edmilton Carneiro, deve fazer oposição ao governo municipal, se aproximando do DEM, prestes a ser comandado pela vereadora Charliane Souza, e do PDT do médico Antônio Mangabeira.

Edmilton, Mangabeira e Charliane são pré-candidatos ao centro administrativo Firmino Alves. Os dois últimos fazem oposição ferrenha e incansável ao governo Fernando Gomes. Não se sabe ainda como será o comportamento do presidente da OAB, se vai ou não pelo mesmo caminho do pedetista e da edil.

Edmilton está bem perto de assumir o lugar do ex-deputado estadual Augusto Castro, hoje integrante da base aliada do governo estadual e filiado ao PSD do senador Otto Alencar, já declarado como postulante ao Palácio de Ondina na eleição de 2022.

E por falar em Otto Alencar, sua primeira batalha para ser o candidato do governismo vai ser com o petismo que defende candidatura própria, com o PT que só gosta de receber apoio e detesta apoiar. O PT soberbo, que ainda não calçou as sandálias da humildade.

Portanto, a Edmilton Carneiro desejo sucesso nessa sua procura por outra legenda. Se for o PSDB, a missão não será difícil. Ele sabe da posição da Executiva estadual em relação ao governo Rui Costa e, principalmente, no tocante à sucessão do prefeito Fernando Gomes.

É evidente que o cinetismo do processo político pode mudar o cenário sucessório. Volto a dizer que as pesquisas de intenções de voto vão determinar as coligações e quem será o representante-mor da majoritária.

Definido o cabeça da chapa, a disputa passa a ser pela vaga de vice-prefeito. No frigir dos ovos, teremos de cinco a seis candidatos, incluindo aí dois de legendas de menor expressão.

Uma análise mais incisiva e menos especulativa, só quando o nevoeiro passar.