Ex-prefeito de Itabuna e ex-deputado federal, Geraldo Simões confirmou ao Diário Bahia que desta vez será candidato a deputado estadual. Ele acha cedo para colocar a campanha na rua e aposta que os candidatos só farão isso em julho, depois da Copa do Mundo.
Perguntado sobre “dobradinha”, não revelou nomes, mas disse estar conversando com três candidatos, tanto do PT quanto de outros partidos da base do governador Rui Costa. “Eu estou conversando; acho que dá pra definir até o São João”, adiantou.
Encontramos Geraldo segunda-feira, no ato de assinatura da ordem de serviço para a policlínica regional, cuja sede será em Itabuna. Quisemos saber dele como trata essa situação de estar no mesmo palanque com o prefeito Fernando Gomes, já que foram historicamente adversários. Ele fez questão de esclarecer em que momentos dividirá o mesmo espaço com o gestor.
“Localmente ainda somos adversários. Quando há atividade da Prefeitura que Rui vem, eu não participo. Agora, aqui é uma atividade do governo do estado, que vem trazer uma obra importante, que é a policlínica regional. Vai atender a 30 municípios e junto com o Hospital Costa do Cacau, fortalece o atendimento estadual na Saúde da nossa região”, afirmou.
Alfinetadas por aí
Como se trata de duas lideranças em Itabuna, indagamos a Geraldo Simões como eles se comportarão na próxima campanha. De um lado, o petista é candidato; de outro, o prefeito apoia os seus candidatos a deputado.
“Não, cada qual segue seu caminho como sempre foi. Eu sigo meu caminho com minha candidatura, ele seguirá com a dele. Em Itabuna nós temos divergências enormes, métodos diferentes, concepções políticas diferentes. Não tem como, portanto, estarmos juntos num ambiente pra discutir política”, assinalou.
Por fim, buscamos arrancar de Geraldo Simões se havia algum tipo de ciúmes diante da aproximação entre o prefeito Fernando Gomes e o governador Rui Costa. Nesse momento, o ex-prefeito descarrega – bem naquela linha dos embates das tantas campanhas políticas na cidade.
“De maneira nenhuma! Nós sempre fomos do PT, de oposição como outros partidos na Bahia. Mas o prefeito de Itabuna é normal, um hábito dele sempre estar com o governador. Independente de que partido seja o governador, isso aí… Olha, ele esteve com Waldir [Pires], esteve com Antônio Carlos [Magalhães], com Paulo Souto, com César Borges e agora está com Rui. É normal, faz parte da cultura do prefeito de Itabuna aderir a qualquer que seja o governador”, declarou.
