Um novo modelo de atuação técnica da Ceplac nas regiões produtoras de cacau brasileiras está sendo proposto pelos cacauicultores do sul da Bahia e discutido com representantes do Governo baiano, anunciou o secretário estadual de Relações Institucionais, Josias Gomes. O anúncio foi feita na manhã do último sábado, dia 24, na Rádio Nacional de Itabuna, durante entrevista ao programa “Bom Dia Bahia”, apresentado pelo jornalista Ederivaldo Benedito.
“A Ceplac, uma referência em pesquisa na área do cacau no mundo, terá, a partir de agora, uma função mais que estratégica nas regiões produtoras brasileiras, desempenhando ações relevantes para o desenvolvimento agrícola e intelectual”, garantiu Josias Gomes. O secretário estadual acrescentou que “o Governo Rui Costa está aberto ao diálogo com toda a cadeia produtiva do cacau, com dirigentes e servidores da Ceplac e os prefeitos da região”.
Semana passada, em Salvador, Josias Gomes recebeu a visita do diretor geral da Ceplac. “Discutimos o projeto para a nova Ceplac, e temas como a inserção produtiva nos dois principais biomas florestais – a Mata Atlântica e a Floresta Amazônica – a partir das plataformas digitais Gigasul da Bahia e da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa, do Ministério da Ciência e Tecnologia”, afirmou Juvenal Maynart. A meta é prestar uma melhor assistência aos produtores de cacau e trazer desenvolvimento para os municípios da região.
A proposta envolve uma parceria do Governo da Bahia com a Ceplac para o desenvolvimento do manejo cabruca, a execução da plataforma digital Gigasul, ampliação do atendimento aos agricultores familiares e produção de mudas de cacau no sul da Bahia. “Sem dúvida, a proposta do diretor Juvenal Maynart é oportuna e necessária, porque amplia os laços com a Universidade Federal do Sul da Bahia, utilizando o suporte técnico do Gigasul da Universidade Estadual de Santa Cruz, que é um projeto desenvolvido em parceria com diversas instituições baianas”, garantiu Josias Gomes.
“O Gigasul é revolucionário e nós, do Governo da Bahia, sabemos da sua importância estratégica para o futuro da região sulbaiana. Com esse projeto, a cacauicultura baiana entra na era digital, a pesquisa do cacau passa a viver uma nova fase, com os agricultores tendo à sua disposição uma rede de alta velocidade em fibra ótica, interligando instituições de ensino e de pesquisa em nosso meio. As discussões, que envolvem os diversos segmentos e instituições públicas e organismos privados, estão bastante avançadas”, afirmou o secretário.
Josias Gomes se refere ao Projeto Rede Sul-Baiana de Comunicação em alta velocidade para Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação-Gigasul, que tem como objetivo a implantação de uma rede rápida para o tráfego de dados entre as instituições de ensino e pesquisa e Prefeituras de Ilhéus e Itabuna, empresas do Polo de Informática de Ilhéus como elemento relevante para o desenvolvimento científico-tecnológico do Sul da Bahia. Além da Uesc e da Ceplac, participam do projeto Gigasul a Secretaria Estadual de Ciências, e Tecnologia e Inovação, o Sinec, o Senai, a UFSB, a Amurc, o Cepedi, o IFBA, o IFBaiano, a Santa Casa de Itabuna, e as Prefeituras de Ilhéus, Itabuna e Uruçuca.
“Ceplac vive uma nova fase”, garante Juvenal
A Ceplac, segundo o seu diretor geral, vive hoje uma nova fase. “A modernidade chegou à instituição que completa sessenta anos em fevereiro de 2017. A Uesc está consolidando o seu projeto acadêmico no sul da Bahia e a Universidade Federal chega antenada com a modernidade no fazer científico. A sociedade, por meio dos agricultores, deseja que a Ceplac se ajuste ao novo paradigma”, garantiu Juvenal Maynart.
Maynart afirma que o Governo Federal via Ministério da Agricultura atendeu a este clamor e vai, a partir de março do próximo ano, apresentar o projeto de uma Ceplac mais moderna e eficiente, inserida no projeto Gigasul. “Estamos falando da rede de banda larga que vai atender a UFSB, mas também às outras instituições. Claro, não é apenas estar dentro dessa rede, mas o que vai se fazer estando ali”, explicou.
Juvenal Maynart lembrou que “a sociedade está atenta, os cacauicultores melhoraram seu discurso e a imprensa está acompanhando tudo. O mundo mudou e o homem do campo deseja uma extensão dinâmica e revolucionária, que preveja uma multiplicação a partir de um uso intenso da tecnologia. E é esse novo modelo de extensão que está sendo proposto conjuntamente ao Ministério da Agricultura, através da Ceplac, pela UFSB e a Uesc”, concluiu.