Grupo tenta autorização para reabertura de academias em Itabuna



Educadores físicos assinam projeto que foi encaminhado à Prefeitura de Itabuna

 Um grupo de educadores físicos entregou à Prefeitura de Itabuna um projeto defendendo a reabertura de academias, com regras para evitar aglomerações e uma série de cuidados em nome da prevenção ao novo coronavírus. Intitulada “Pacto pela vida Itabuna” (PPVI), a proposta destaca a importância dos exercícios para a saúde e o bem-estar das pessoas.

“Não é segredo algum que a prática da atividade física é vital e além de tudo mantém o ser humano longe dos problemas de saúde, sejam eles: crônicos, psicológicos ou neurodegenerativos”, destacam os autores do projeto. Entre eles, Júnior Fontes, Fabiano Araújo, Miquéias Bezerra, Viny Loureiro e Verônica Pithon.

Caso autorizados a abrir os estabelecimentos (academias, centros de treinamento e espaços para prática de artes marciais), os educadores físicos apontam uma série de adaptações. Para começar, as aulas/treinos teriam duração de até 50 minutos – os 10 seguintes seriam reservados à limpeza do local até a chegada da próxima turma.

Haveria a distância de quatro metros entre os alunos. Num espaço de 20 m², por exemplo, seriam cinco pessoas a cada aula. Os professores e outros funcionários, por sua vez, estariam em número reduzido no local e sempre de máscaras e luvas. “O objetivo é reduzir significativamente a circulação de pessoas no ambiente de treino”, justifica o educador físico Júnior Fontes, um dos autores do projeto “Pacto Pela Vida Itabuna”.

Empregos envolvidos

Como há mais de 50 academias funcionando na cidade, o grupo também faz referência ao movimento da economia em torno desse setor. “Não podemos deixar de mencionar que movemos de forma significativa a economia local, frente que o nosso segmento requer: aluguéis, funcionários, luz, água, alimentos, vestimenta adequada, suplementação, (…)”, argumentam os profissionais.

Eles ainda se comprometem a enviar uma cartilha com normas de segurança aos alunos. Entre as restrições no período da epidemia, a não admissão de alunos enquadrados no grupo de risco (idosos e portadores de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão, asma – as mais suscetíveis a complicações do novo coronavírus.

Da mesma forma, não admitir na academia aqueles que tenham sintomas semelhantes aos da referida patologia. “O que se entende como sintomas são: tosse, febre, coriza, dor de garganta, dificuldade para respirar, dentre outros”, enumera o documento.

Outros cuidados

Ainda de acordo com o projeto levado à Prefeitura, cuja resposta inicial foi negativa, seriam exigidos aos alunos usarem dois calçados (um para o deslocamento até a academia e outro para usar no ambiente de treino).

Além disso, os profissionais que integram o citado projeto firmam o compromisso de disponibilizar uma bandeja com água sanitária na entrada, para ser feita a troca e limpeza dos calçados.

Também seria disponibilizado álcool em gel (70%) nos ambientes, para uso ao processo do treino; uso de produtos de limpeza em todo o ambiente em que o aluno transitar durante o treino, assim como a mesma assepsia dos espaços no intervalo entre as turmas.