Médico mostra caos no tratamento contra feridas crônicas em Itabuna


Pneumologista defende que mais municípios arquem com terapia hiperbárica


Dr. Marcus Silvane Chaves, especialista em medicina hiperbárica (Foto: Pedro Augusto)

O médico pneumologista Marcus Silvane Chaves, especialista em medicina hiperbárica, participou de sessão especial na Câmara de Itabuna, onde foi discutida a busca de apoio para mais sessões do procedimento. Atualmente, a Central de Regulação do Sus apenas encaminha pacientes, para que a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) oferte o tratamento.

“A Clínica Hiperbárica de Itabuna iniciou os trabalhos há sete anos. Desde então, com apoio do governo do estado, a gente tratava em média 40 pacientes  por mês correspondente a 600 sessões. Eles diminuíram a cota e hoje só tratamos cinco pacientes. Se antes já necessitava de mais sessões, agora ficou um caos”, relata Dr. Marcus Silvane Chaves.

Ele ressaltou a importância de que mais municípios ajudem, ou seja, fiquem responsáveis pelo suporte aos seus pacientes nessa empreitada contra as feridas crônicas. “Todos têm uma cota para tratar, porque são muitos pacientes que têm feridas crônicas e que pode gerar amputação de um dos membros ou até morte. Quanto vale uma vida? Quanto vale um membro?”, provocou.

O médico contabiliza mais de 2151 pacientes  e 24571 sessões realizadas pelo SUS, atendidos ao longo de sete anos de funcionamento da clínica. Dependendo da gravidade da ferida, a pessoa precisa de quatro meses de tratamento. “Muitas vezes, a pessoa pena há cinco anos e se vê curada em três meses. A terapia entra para ajudar, associada a medicamentos e curativos”, definiu.