Como setembro será o mês de eleger a presidência do diretório do PT em Itabuna, a figura da professora Miralva Moitinho já é apontada como pretendente ao cargo. Em entrevista ao Diário Bahia, ela adiantou sobre uma das principais missões, caso retorne à liderança da sigla: chegar a um nome de consenso entre os ex-prefeitos Claudevane Leite e Geraldo Simões e o vereador Júnior Brandão para disputar a Prefeitura em 2020.
“O PT não pode ficar de fora dessa possibilidade. Somos um partido que governa a Bahia, Itabuna é uma cidade importante nesse contexto e o PT terá, sim, candidato próprio. Queremos um consenso dentro de todas as tendências internas; mas, se não houver …”, declarou Miralva, dizendo ter sido procurada por um grupo para voltar a conduzir a nau petista no município.
“Com esse retorno, a gente [vai] fazer uma gestão e uma equipe bem ampla dentro da militância do partido, com composição das várias tendências – não apenas de uma, mas das várias tendências, como é o hábito da gente. Foi assim na minha gestão passada e isso avalizou nossa aprovação”, completou.
Já que falamos das articulações rumo à próxima eleição, quisemos saber se o PT tem como certo o apoio de Rui Costa a uma candidatura da legenda ao Executivo de Itabuna. Isso pelo fato de o governador ser petista. E Miralva foi bastante cautelosa na resposta.
“A gente nem coloca isso na pauta, porque tem muito respeito pela base aliada do governador. Não sabemos se terá outros candidatos da base aliada. Caso tenha, o governador vai ter a opinião dele sobre Itabuna e a gente vai respeitar a opinião dele”.
Marcha com quem?
Ainda sobre a posição dela na movimentação entre correligionários, indagamos se Miralva está mais próxima da tendência capitaneada por Geraldo Simões ou Josias Gomes. “A ideia é juntar todo mundo, mas hoje estou discutindo esse assunto com o deputado estadual Rosemberg Pinto e o deputado federal Afonso Florence. Emendamos, então: Eles que darão o norte do PT em Itabuna?
“Não que vão dar o norte, mas estou discutindo com eles a possibilidade de um consenso a nível estadual e a nível municipal. Se não houver, vamos com o agrupamento do vereador Júnior Brandão, do deputado Osni [Cardoso] e do deputado Joseildo [Ramos], do ex-prefeito Vane, que ainda tem raízes fortes dentro do PT”, sinalizou, embora ainda sem entregar em qual campo pretende atuar.
Candidato para ampliar
Cutucamos a petista na tentativa de vê-la fazer alguma aposta no cenário que colocou: Dos nomes Geraldo Simões, Vane e Júnior Brandão, quem abriria mão para quem? “A discussão é bem essa: a possibilidade do retorno de Vane; Júnior Brandão já se colocou como pré-candidato e o ex-deputado Geraldo [Simões] também que há essa possibilidade de ser candidato”, reiterou.
Segundo a pretensa presidente do diretório, o intuito é chegar ao pré-candidato por meio do debate, sem a realização de prévias. “A intenção é fazer esse debate e dali sair com um nome de consenso. Aquele que tiver maior possibilidade de ampliar na cidade será nosso candidato; o perfil é: Qual candidato terá chance de ampliar na cidade?”, adiantou.
Diante do histórico marcado por aproximação e afastamento, indagamos a Miralva Moitinho: As rusgas entre a senhora e Geraldo Simões ficaram mesmo no passado? Ao que ela respondeu, numa linha bastante plácida: “No passado! Porque, na realidade, não foi nem rusga, não é? O PT tem esse tipo de organização de tendências internas… E o quadro que não se alinhar àquela tendência tem essa possibilidade de procurar outro ninho para fazer o seu trabalho de militância. Foi o meu caso. Hoje, estou com o deputado estadual Rosemberg e o federal Afonso Florence”.
