O retorno do ex-prefeito Claudevane Leite ao Partido dos Trabalhadores está sendo o assunto mais comentado nas redes sociais, principalmente nos grupos de WhatsApp de Itabuna.
Vane do Renascer, como é mais conhecido na vida pessoal e no campo político, sonha em ser novamente gestor do centro administrativo Firmino Alves, uma postulação legítima que encontra uma certa resistência no grupo do também ex-alcaide Geraldo Simões.
Se não conseguir se firmar como uma opção do petismo para a disputa da sucessão de 2020, Vane deve sair candidato a vereador com grandes possibilidades de ser eleito. O evangélico político já parlamentou por duas vezes na Casa Legislativa.
Geraldo Simões, que há muito tempo domina a legenda, mostrando sua força diante do petismo itabunense, diz que vai presentear o futuro companheiro com uma camisa do “Lula Livre”.
Vane, então prefeito de Itabuna, sempre foi criticado por não ter governado com a autoridade que o cargo exige, deixando a administração sob a forte influência do PCdoB, que ditava os rumos do governo, causando uma insatisfação no staff mais próximo do chefe do Executivo.
Os obstáculos para o retorno de Vane ao PT só não são maiores por causa do governador Rui Costa. O morador mais ilustre do cobiçado Palácio de Ondina tem uma boa relação com o ex-prefeito.
O então alcaide Vane do Renascer foi um dos primeiros a apoiar a pré-candidatura de Rui. Vale lembrar que a cria política de Jaques Wagner tinha menos de 3% nas pesquisas de intenções de voto. Os adversários diziam que o “poste” de Wagner não iria para lugar nenhum.
Outro detalhe é que Geraldo Simões foi contra a candidatura de Rui Costa. Aliás, o relacionamento de GS com RC nunca foi bom. De público, o silêncio e o teatro. Nos bastidores, o pega-pega.
Portanto, o caminho da volta de Vane ao PT está pavimentado. Tem o aval do governador Rui Costa, do comando estadual da legenda e do deputado federal licenciado Josias Gomes.
Não resta aos geraldistas contrários, outra conduta que não seja a de abrir as portas do PT com um “seja bem-vindo”, “bom retorno, companheiro!” ou, se alguém preferir, “Vane e o PT, tudo a ver”.