Os professores da rede municipal de ensino, juntamente com o Sindicato do Magistério – SIMPI, decidiram, em assembleia ocorrida nesta terça-feira (17) na USEMI, iniciar a redução da carga horária. Conhecida como “operação tartaruga”, a medida começará na próxima sexta-feira (20), como forma de pressionar o prefeito Fernando Gomes a revogar o decreto que retirou o AC (Adicional por Atividade Complementar) de 428 profissionais que atuam em sala de aula – o que representa 20% do salário.
Em uma rodada de negociação realizada na tarde de segunda-feira (16), envolvendo sindicato, vereadores e governo, o prefeito afirmou que não iria revogar o decreto e que “seria melhor pagar pouco do que não pagar”. Os professores que possuem o direito ao AC, assegurado em suas carteiras de trabalho, decidiram pela redução da jornada de trabalho, ao tempo que o sindicato promove ações judiciais para tentar reverter o prejuízo financeiro sofrido pela classe.
De acordo com a presidente do SIMPI, professora Carmem Oliveira (Carminha), quem trabalha no turno da manhã entrará às 7 horas e sairá às 9 horas; os que trabalham à tarde entrarão na escola às 13 horas e sairão às 15 horas; já os da noite, trabalharão das 19 horas às 20h30min e quem atua nas creches, trabalhará das 7h às 11h:30min da manhã.
Além da redução da jornada de trabalho, os professores não farão o preenchimento do e-polis, sistema de chamadas e notas dos alunos. “Essa operação entrará em vigor a partir desta sexta, 20 de outubro, em respeito à lei de greve, pois precisamos comunicar a decisão da categoria ao governo municipal”, afirma a sindicalista.
Ainda de acordo com a direção sindical, na próxima semana deverá haver uma parada com data a ser definida, onde os professores deverão marchar rumo à avenida do Cinquentenário, pedindo apoio da sociedade e dos órgãos públicos à luta da categoria. “Não queremos paralisar as atividades de vez, mas a greve é uma possibilidade, sim”, finaliza Carminha Oliveira.