Preserva Ilhéus pede intervenção do MP para restauração do prédio da União Protetora


Chama também a atenção para as condições de abandono em que se encontram outros prédios históricos


Diante do desabamento de parte do prédio da Sociedade União Protetora dos Artífices e Operários de Ilhéus, ocorrido no último dia 30 de abril, na Avenida Dois de Julho, centro histórico da cidade, o Coletivo Preserva Ilhéus recorreu novamente ao Ministério Público (MP) da Bahia pedindo que recomende prefeito do município, Mário Alexandre Sousa, a adoção imediata de providências para a restauração do imóvel respeitando a sua arquitetura original. 

Integrado pelos institutos Nossa Ilhéus, Floresta Viva e de Estudos Socioambientais do Sul da Bahia (IESB), pelo Grupo de Amigos da Praia (GAP) e por indivíduos das mais diversas áreas, o Preserva Ilhéus requer a intervenção do MP com base no inquérito civil já instaurado a partir de denúncia protocolada em 2021, na qual pede a apuração das responsabilidades dos gestores públicos em relação ao visível abandono do patrimônio histórico e arquitetônico municipal.

A representação, encaminhada ao 11° Promotor de Justiça de Ilhéus, Dr. Paulo Eduardo Sampaio Figueiredo, destaca que o prédio “deveria receber da gestão municipal o mínimo de manutenção, inclusive em respeito à vida dos munícipes, pois uma tragédia humana poderia ter acontecido, além da tragédia da perda do patrimônio.”

Na mesma manifestação, o coletivo ambiental solicita à Promotoria que oficie à União Federal no sentido de informar sobre o risco de desabamento do casarão da Rua Conselheiro Dantas, n° 10, onde funcionou a Marinha Mercante, “como também se inteirar sobre as providências previstas para sua manutenção a fim de que seja evitado seu iminente desabamento.”

E, mais uma vez, chama a atenção para as condições de abandono em que se encontram outros próprios históricos municipais, a exemplo do prédio do General Osório, onde está instalada a Biblioteca Pública.  “Esperamos que os nossos gestores cumpram a legislação e garantam a conservação do nosso patrimônio cultural e natural, que contam não só a nossa história, mas também de toda a região”, pontuou a presidente do Instituto Nossa Ilhéus, Maria do Socorro Mendonça.