Professor Ramayana Vargens grita contra destruição de praça, em Ilhéus


Protesto mistura revolta com tristeza, num apelo em respeito ao meio ambiente


Por Ramayana Vargens

 

A Praça Castro Alves já não é mais do povo
É só um palco de alimentação
Como o poeta não consome.
Deixaram seu busto sem nome
Que se dane a identificação
Olha que coisa sem graça
Puro abuso e desrespeito
O poeta parece penetra
Intruso na Praça sem jeito
Que não merece o direito
De ser lembrado por quem passa
No espaço refeito…
De costas para um pedaço
Que um dia já foi seu
O poeta abandonado quase do lado de fora
Rechaçado, parece ouvir um grito irritado
Que diz
Vá embora! Volta pro passado
A Praça já te esqueceu…

Ramayana Vargens