“O povo Pataxó Hã-hã-hãe está de luto”; “Levi vive”; “Queremos Justiça”; “Mais amor ao próximo”. Cartazes com estas e outras frases marcaram um protesto no centro de Itabuna na manhã de sábado (30), contra a morte do garoto Levi Messias Nonato Alves, de nove meses, na segunda-feira da semana anterior, dia 25.
Vindo de Pau Brasil, ele faleceu no colo da mãe, após esperar por 40 minutos por atendimento na porta do Hospital Manoel Novaes. Antes, a ambulância com o bebê tentou socorro na Maternidade Ester Gomes. Em ambas as unidades, o menino não pôde ser assistido a tempo.
Aí está a razão da manifestação, iniciada na Praça Adami, avenida do Cinquentenário, e encerrada na frente do Manoel Novaes. O ato reuniu caciques, demais índios e movimentos sociais, a exemplo do CIMI (Conselho Indigenista Missionário), Encantarte com sua percussão e Rede Feminista. Todos expressaram indignação pela dificuldade para ter acesso aos hospitais e a perda de vidas dela decorrente.