A celebrações do Agosto Lilás, campanha de enfrentamento à violência doméstica contra a mulher, começaram nesta terça-feira, dia 8, na Praça Adami no centro de Itabuna.
A Prefeitura, por meio da Secretaria de Promoção Social e Combate a Pobreza e o Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM) Seara, ofereceram testes rápidos para a detecção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), pressão arterial, glicemia, orientação nutricional e jurídica.
A Marcha Lilás, como é chamado o evento, vai acontecer durante todo o mês, com um trabalho de conscientização nos bairros onde há maior presença de mulheres com histórico de algum tipo e violência.
“Essas visitas serão feitas com base nos números coletados na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM). Vamos de porta em porta para ressaltar a importância da denúncia”, disse o secretário de Promoção Social e Combate à Pobreza, Josué Brandão Júnior.
A Marcha Lilás teve a presença de equipes da secretaria municipal da Educação, da Patrulha Guardiã Maria da Penha da Guarda Civil Municipal, subsecção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Defensoria Pública da Bahia.
“Fizemos uma reunião preparatória com a Rede de Apoio que se preocupa com a mulher que faz denúncia e cobra políticas públicas voltadas a combater esse mal, que é a violência contra as mulheres”, falou o secretário.
Segundo dados da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM) de janeiro a junho deste ano foram contabilizadas 650 denúncias de mulheres vítimas de algum tipo de violência no município.
A procuradora do município e representante jurídica do CRAM, Juliana Reis, afirma que Itabuna registrou três feminicídios e uma tentativa nos últimos.
“No CRAM as mulheres chegam por demanda espontânea ou encaminhadas pela Rede de Apoio. Lá, elas têm atendimento com assistente social, jurídico e psicológico para sair desse ciclo de violência”, falou.
Atualmente, o Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM) Isabela Seara presta atendimento a 150 vítimas. As que já foram desligadas do Centro seguem para o CRAS.
“Se houver necessidade de acolhimento, encaminhamos para um casa abrigo. Mas, após a alta do CRAM outras mulheres chegam. Por isso, nossos atendimentos estão sempre altos”, explicou Juliana.