O menino Luiz Miguel Batista, de dois anos, foi até a cozinha da Creche Municipal Lar da Criança Feliz, onde estudava, e logo tomou um copo de água que estava sobre a mesa. Só que essa não era água potável, mas sim, sanitária. Intoxicada, a criança foi levada ao hospital três vezes. O caso aconteceu segunda-feira (25) no município de Paulo Afonso, situado no norte da Bahia.
Segundo a mãe de Luiz, Carla Batista, ela foi informada pela diretora que, no dia do “incidente”, o Samu o levou até o Hospital Nair Alves. Mas ele teve alta no mesmo dia. “Ele retornou sentindo muita dor na barriga; aí eu entrei com ele e já era outra médica. Ela disse que no prontuário ia escrever que ele passasse por um cirurgião, para ver se ele avaliava para passar uma endoscopia. O cirurgião disse que, por ele, tava liberado, que ele não tinha nada. Eram 2m 3 horas e pra ele voltar pra casa. Quando deu 5, 6 horas da tarde, ele começou a sentir dores novamente. A gente segurando e, quando foi umas 9 horas da noite, ele já não agüentava mais e eu trouxe pro hospital”, relata a mãe.
Socorro no Recife
Entre idas e vindas para casa, o quadro se agravou e nesta madrugada a criança foi transferida numa UTI móvel para o Hospital da Restauração, em Recife. Lá, porém, ele e segue em observação.
Os médicos, após ultrassom e raio X, informaram aos pais que, entre as consequências da ingestão do produto, os intestinos grosso e delgado do menino se misturaram. Mas disseram que tinha tratamento e não seria necessária uma cirurgia.
A secretária de Educação de Paulo Afonso, Elza Brito, alegou estar acompanhando o caso e que a família receberá a assistência necessária. Porém, tal ajuda não está ocorrendo na prática. O pai da criança está contanto com amigos e parentes para adquirir uma passagem e ir até Recife.
Os pais envolvidos na situação registraram um Boletim de Ocorrência sobre o caso na delegacia de Paulo Afonso.