Avante, MDB, Rede Sustentabilidade e o Cidadania formam a nova frente da política de Itabuna para a disputa do cobiçado comando do centro administrativo Firmino Alves.
A sucessão municipal pode ser adiada em decorrência do coronavírus. O atual gestor, Fernando Gomes Oliveira, desistiu de buscar o sexto mandato via instituto da reeleição. O nome mais forte para ser o candidato do governismo tupiniquim é o de Son Gomes, secretário de Administração e sobrinho do alcaide.
Dos quatros postulantes, somente Isaac Nery não é vereador. O médico é pré-candidato pelo Avante. Os outros são Júnior Brandão, Charliane Sousa e Enderson Guinho, respectivamente pela Rede Sustentabilidade, MDB e Cidadania.
Todos querem a cabeça da chapa majoritária. Não interessa a nenhum deles a vice e, muito menos, a promessa de duas ou três secretarias. Para os edis, é melhor tentar à reeleição para o Legislativo do que ser vice de Isaac, já que não acreditam no seu sucesso eleitoral.
Por sua vez, Isaac está disposto a sair candidato até mesmo sem nenhuma coligação. Dificilmente será convencido a ser vice. Sabe que para marcar uma posição na política de Itabuna tem que ocupar a cabeça da majoritária, ser companheiro de chapa é o pior caminho. É jogar qualquer perspectiva de futuro político na sarjeta.
Pois é. A nova frente partidária tende a ter o mesmo fim daquela formada pelo PT, PSB, PSD e PCdoB, que teve o ex-prefeito Geraldo Simões como uma espécie de porta-voz e maior interessado na sua consolidação. Deu tudo errado. Suas lideranças sequer se falam, cada qual vem cuidando do seu quintal político.
Como só existe um candidato a prefeito por coligação, e ninguém quer ser vice, o desmantelamento é quase certo, uma questão de tempo. Dos três vereadores, o que pode aceitar ser vice de Isaac é o ex-petista Júnior Brandão, já que a chance de ser reeleito pela Rede é muito complicada, quase inexistente.
O quarteto pode virar um dueto, com o Avante e a Rede Sustentabilidade.