Refugiados da Venezuela recebem abrigo em Itabuna


Estão à frente equipes da Secretaria de Promoção Social


Crianças e adultos numa peregrinação após deixar a Venezuela

Cerca de 38 venezuelanos  que desembarcaram  no Terminal Rodoviário de Itabuna na madrugada desta segunda-feira (12), foram acolhidos, temporariamente, pela Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza. O grupo chegou à cidade, fugindo da crise econômico-financeira naquele país latino-americano.

A secretária de Promoção Social e Combate à Pobreza, Andrea Castro, disse que assim que foi comunicada sobre o desembarque dos venezuelanos pela administração do Terminal determinou imediatamente a equipe de abordagem para averiguar a situação dos refugiados.

Dentre os estrangeiros, estão 23 crianças e 17 adultos que foram levados para o Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua, o – Centro POP, no Jardim Grapiúna.

No local de acolhimento, os refugiados puderam tomar banho, se alimentar e receberam roupas. Uma das preocupações da Secretaria de Promoção Social é com o trajeto percorrido pelos venezuelanos até Itabuna.

Um deles chegou a dizer que o grupo passou por Manaus, no Amazonas, cidade  que entrou em colapso por causa novo coronavírus, Fortaleza, no Ceará, e Recife, em Pernambuco, além de outras cidades sem que tenham sido acolhidos.

O grupo chegou a Itabuna após passar por Feira de Santana

Acolhida em escola

De acordo com a secretária Andrea Castro, o grupo foi submetido ao teste rápido da Covid -19, imediatamente, por meio da Secretaria Municipal de Saúde. Três refugiados tiveram resultado positivo e já estão em isolamento.

Os refugiados foram transferidos para a escola Tereza Cristina Ribeiro Estrela, no bairro João Soares, onde terão mais espaço para se acomodar e dormir. A secretária enfatizou que “a Prefeitura de Itabuna está prestando toda assistência humanitária, mas precisamos de ajuda de outros órgãos para saber como conduzir a situação”.

A secretária Andrea Castro disse, ainda, que já entrou em contato com a secretaria de Direitos Humanos, Ministério Público e Polícia Federal, já que se trata de imigrantes e alguns estão até sem documentação. “Todos estão bem. Mas, para nós é algo novo que precisa de um direcionamento legal”, ponderou.