Grace Hopper, cientista da computação, almirante e analista de sistemas da Marinha dos Estados Unidos, liderou a equipe que desenvolveu a primeira linguagem de programação do mundo. Hedy Lamarr, atriz e inventora austríaca, teve as ideias que possibilitaram a internet Wi-fi. Existem diversos exemplos interessantes de mulheres pioneiras na tecnologia. Mas por que então os homens são 68% dos profissionais de tecnologia do Brasil?
Esse foi o resultado da pesquisa realizada pela Thoughtworks (https://www.thoughtworks.com/pt-br), que analisou dados de novembro de 2018 a março de 2019. O mesmo estudo mostrou que, dentro das organizações, em mais de 60% dos casos as mulheres representam menos de 20% das equipes de trabalho nessa área. Entre os pesquisados, 57% das pessoas iniciaram sua carreira na tecnologia em uma instituição de ensino acadêmico, mas ainda há um grande percentual que começam a aprender de forma autônoma. Com o recorte de gênero, pessoas do sexo masculino possuem maior índice de escolaridade.
A representatividade começa aqui
No curso de bacharelado em Ciências da Computação da Unilasalle, foi eleita uma chapa formada inteiramente por mulheres para representar o Diretório Acadêmico do curso, com o plano a médio prazo de estender essa representação para os outros quatro cursos de tecnologia da instituição: Redes de Computadores, Gestão de TI, Ciência de Dados e Análise e Desenvolvimento de Sistemas.
O coordenador do curso, Prof Dr. Mozart Siqueira Lemos, orgulha-se do grupo eleito: “Esse é um curso, uma área em si, que é muito formada por meninos. Historicamente, só em torno de 10% dos alunos são mulheres. Acho que é uma situação incomum termos 6 mulheres formando o diretório, mas também muito boa!”
Stephany da Rosa Brazeiro, presidente e líder do grupo, cita algumas soft skills que a participação em um cargo de representação pode auxiliar a desenvolver e destaca a importância das mulheres também se permitirem estar nesses espaços: “O Diretório Acadêmico promove muita interação, seja com os colegas ou com os professores. Então isso é muito importante até para desenvolver algumas habilidades, como falar em público. A vergonha que a gente sente acaba diminuindo. Fora que aprendemos a ter mais iniciativa e a buscar informações.”
Essa é uma atividade totalmente voluntária e tem o objetivo de ser uma ponte entre os estudantes e a instituição. Ter um Diretório Acadêmico inteiro de meninas pode incentivar outras meninas e também fazer com que elas se sintam acolhidas e que não estejam sozinhas nessa caminhada.
As mulheres que integram o grupo são:
Stephany da Rosa Brazeiro
Ana Julia Ribeiro Pereira
Evanise Guaragni Bosquetti
Danielle Parmigiani Werutsky
Francielli dos Santos Andreghetto
Paula de Souza Morais