O Abrigo São Francisco de Assis, que chegará a 100 anos em 2024, vem numa crescente crise financeira. De acordo com o administrador David Guimarães, o que vem da contribuição dos acolhidos é insuficiente para manter os custos . “Nós temos um déficit de 20 por cento; isso representa uns 30 mil reais por mês”, comentou.
Ele chama a atenção para as dificuldades enfrentadas no orçamento da instituição. Lá moram, em média, 100 idosos. “Tem pessoa de até 100 anos, que já vive no abrigo há mais de 30”. Lembrando que o custo com pessoal abrange 80 por cento das despesas, questionou: “E a parte de alimentos, de medicamentos, de manutenção?”.
E detalha sobre o dia-a-dia numa entidade mantida muito mais pela sociedade do que pelo poder público. “No próximo ano, o abrigo fará um século prestando serviços à comunidade de Itabuna. Por outro lado, é uma Organização Social criada pelas Senhoras de Caridade de, que precisa ser submetido à legislação, em todos os aspectos. Somos filantrópicos, mas somos da comunidade; é importante esse entendimento”.
Com tal constatação, o gestor lembra a responsabilidade numa esfera maior. “Como você faz um trabalho filantrópico? Vai colocar esses recursos de onde? Tem que ser do poder público, porque a família e a comunidade já deram a sua contribuição. O poder público é responsável por lei para acolher os idosos”, completou.