Segundo o blog Políticos do Sul da Bahia, editado por João Matheus, o governador Rui Costa vai ter uma conversa com o prefeito Fernando Gomes sobre a pandemia do novo coronavírus e a sucessão municipal.
O encontro entre o chefe do Palácio de Ondina e o alcaide de Itabuna será amanhã, segunda (31), em Ilhéus. Os dois assuntos devem também ser abordados com o médico Marão, gestor da vizinha e irmã cidade.
Rui Costa está preocupado com o aumento dos casos de coronavírus em Itabuna. A curva de contaminação não para de crescer. E o pior é que não há nenhuma iniciativa por parte do governo no sentido de amenizar a grave situação. Vale lembrar que dinheiro para combater o cruel e devastador vírus tem. E tem muito.
No tocante a sucessão municipal, o governador vai perguntar ao prefeito se ele é ou não candidato à reeleição, já que a proximidade do pleito exige uma definição. Não há mais espaço para ficar criando suspense. As convenções partidárias estão batendo na porta.
Fernando Gomes tem três respostas para o governador: sim, não e mais um tempo para pensar. Acredito que essa última é a que tem mais possibilidade de acontecer. Um prazo limite será dado, não podendo passar da primeira semana de setembro. Nesse intervalo, Fernando deve analisar algumas pesquisas sobre sua viabilidade eleitoral e, principalmente, no que diz respeito ao acentuado índice de rejeição.
Já analisei aqui a disputa sucessória com Fernando candidato. Quem seriam os prefeituráveis mais prejudicados com sua entrada no jogo pelo poder. Não se pode negar que o atual gestor é um adversário perigoso. A prova inconteste é ter conseguido por cinco vezes ser prefeito de Itabuna.
Outra expectativa nessa visita do governador Rui Costa ao sul da Bahia, fica por conta de Geraldo Simões. O petista-mor vai se encontrar com o prefeiturável de seu partido? Seria uma gigantesca descortesia negar um encontro com um companheiro de legenda que já foi duas vezes prefeito de Itabuna.
Será que o governador ainda guarda mágoas de Geraldo? Até as freiras do convento das Carmelitas sabem que o relacionamento político entre eles nunca foi bom. Com efeito, Geraldo discordou do então governador Jaques Wagner quando lançou o nome de Rui, na época secretário de Relações Institucionais, para sua sucessão.
Outro ponto que deve ter oxigenado a indiferença de Rui com Geraldo, o tratamento frio com o “companheiro”, foi a frase de Geraldo sobre a inusitada aproximação entre Rui e Fernando. Digo inusitada, porque Fernando, no seu conhecido estilo, esculhambava com o PT e, mais especificamente, com o ex-presidente Lula. Sobre os petistas, principalmente os de Itabuna, Fernando cansou de dizer que não gostavam de trabalhar, que eram “preguiçosos”. Geraldo disse, assim que soube da aliança de Rui com Fernando, que o enlace era uma espécie de “casamento de cobra com jacaré”.
No mais, esperar o resultado da conversa do governador com o prefeito de Itabuna.