Desde a noite de sábado, cerca de 10 famílias receberam assistência para evitar danos à vida e prejuízos materiais com a cheia do Rio Cachoeira na zona oeste. A ação preventiva ocorreu por meio da Diretoria da Defesa Civil da Secretaria de Segurança e Ordem Pública (Sesop) e Promoção Social da Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps).
A maioria das famílias foi transferida para o Grupo Escolar Leonor Pacheco, no bairro Maria Matos, e outras para a igreja Assembleia de Deus na localidade. As equipes de apoio atuaram até por volta das 2 horas deste domingo, dia 5, na remoção das vítimas que moram em casas de madeira ou barracos. Quatro famílias foram acolhidas na escola e duas na igreja do bairro.
Algumas foram abrigadas em casa de parentes e amigos e outras se negaram a sair do local, mas estão sendo acompanhadas pela Defesa Civil que faz o monitoramento do rio. No trabalho foram utilizados veículos utilitários das secretarias de Promoção Social e Combate à Pobreza, Segurança e Ordem Pública, Educação, Infraestrutura e Urbanismo e da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (FICC), mobilizados pela Diretoria de Defesa Civil.
Inundação e desabrigados
A cheia do Rio Cachoeira inundou algumas casas, fato comunicado à emergência ao telefone de 153 da Defesa Civil e Guarda Civil Municipal por volta das 18 horas de sábado. A partir daí, teve início o trabalho preventivo para evitar uma situação mais trágica com atuação direta das equipes de Promoção Social e Defesa Civil, que fizeram o acolhimento.
De acordo com Relatório de Ocorrência da Semps, as famílias são todas residentes na Rua Eucalipto. “O motivo da ocorrência se deu pelo alagamento ocorrido em unidades habitacionais improvisadas que ficam às margens do rio. No total foram desabrigadas seis famílias, com 20 pessoas entre gestantes, crianças e adultos”, diz o texto.
“As famílias foram provisoriamente realocadas para escola municipal e na igreja cristã pela Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza, com fornecimento de alimentação. Posteriormente, serão encaminhadas para o CRAS de Referência para que outras medidas sejam adotadas, inclusive o benefício de auxílio-moradia, regulamentado pela Lei Municipal do Suas nº 2.447/90”, informa o relatório.
No centro da cidade, a Superintendência de Serviços Públicos da Secretaria de Infraestrutura e Urbanismo (Siurb) iniciou a remoção de grande quantidade de baronesas que se acumulavam na calha do Rio Cachoeira e que, com a repentina cheia, remontam nos pilares da ponte Miguel Calmon, que liga o centro da cidade ao bairro Góes Calmon. Para isso, está sendo utilizada uma retroescavadeira estacionada sob a ponte que teve os guarda-corpos removidos.