O abrigo de idosos da Fundação Baldoíno de Azevedo, em Itabuna, ainda amarga o “baque” sofrido em seu setor financeiro e pensa em estratégias para pagar o décimo terceiro de funcionários. O local foi palco, no início da semana, de um assalto, que teve como alvo a secretaria da instituição.
Tarde de segunda-feira (12). Faltavam poucos minutos para as 13 horas, quando dois homens armados aproveitaram a troca de turno dos trabalhadores e invadiram o abrigo, que conta, hoje, com 106 idosos, de 60 a 100 anos.
Ao Diário Bahia, o enfermeiro Alexsander Azevedo, filho de Baldoíno, fundador do abrigo, informou que, sob a mira de armas, todos foram obrigados a se deitar no chão, enquanto os assaltantes roubavam o dinheiro. “Eles diziam que ia ficar tudo bem, era só todo mundo obedecer”, recordou Alexsander.
Além de roubar os salários dos funcionários, os bandidos levaram pertences pessoais das vítimas, como relógios e celulares. Ninguém saiu ferido. Segundo o enfermeiro, uma queixa já foi prestada na polícia. Até o fechamento dessa matéria, nenhum suspeito havia sido localizado.
Alexsander disse que uma das preocupações agora é levantar recursos para quitar os salários desse grupo de funcionários. “Temos ai três opções: depender da ajuda da população, empréstimo ou tentar conseguir dinheiro com algum convênio. Nunca atrasamos nenhum mês. Já vendemos até bens para pagar os salários de funcionários”, ponderou o enfermeiro.
Ainda de acordo com Alexsander, dezembro costuma ser um mês bastante “turbulento” financeiramente, já que, além dos compromissos com os salários, é o período que os diretores buscam proporcionar melhorias para a instituição. “Está muito difícil”, resumiu o enfermeiro. A Fundação Baldoíno ainda mantém uma creche-escola com 112 crianças.
A instituição dispõe de duas cotas bancárias para quem quiser fazer doações. Uma das contas é no Bradesco: agência 3522-0, conta 00651-3; A outra é do Banco do Brasil: agência 3175-5 e conta 31478-1.