A Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Departamento de Vigilância em Saúde, alerta a população de Itabuna sobre o aumento considerável de notificações de casos de dengue no município. De janeiro até a sexta-feira passada, dia 8, foram notificados 440 casos, dos quais 291 confirmados.
O quadro reflete a elevação de casos novos com sintomas da doença, causada pelo mosquito Aedes aegypti que têm progredido nas últimas três semanas. Por isso, a cidade alcançou o alerta laranja.
A população é chamada a redobrar os cuidados a fim de evitar um risco de epidemia da dengue na cidade, adverte a Secretaria Municipal de Saúde. O mosquito transmissor da dengue, também transmite outras arboviroses, a exemplo da chikungunya, em que há 47% dos casos notificados.
A secretária municipal de Saúde, Lívia Mendes Aguiar, alerta para a necessidade de a população se sensibilizar quanto aos cuidados.
“Temos agido para evitar uma epidemia no município, mas sem o apoio essa situação pode se agravar. É preciso que todos fiquem atentos aos possíveis focos de dengue, bem como, aos sintomas como febre, dor no corpo, náusea e vômitos. A orientação é procurar uma unidade de saúde e solicitar o exame de testagem da dengue” afirmou a titular da Saúde.
Segundo a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Maristella Antunes, o alerta laranja é preocupante visto que municípios vizinhos, a exemplo de Coaraci, Itajuípe, Floresta Azul e Santa Cruz da Vitória, já se encontram sob alerta vermelho, o que pode aumentar a incidência em Itabuna para onde convergem centenas de pessoas diariamente.
O Departamento de Vigilância em Saúde se reuniu com diretores da Média e Alta Complexidade, Regulação e Atenção Primária para traçar um plano de contingência contra a dengue. “Vamos também nos reunir com todos setores da Vigilância em Saúde para criar uma força tarefa de fiscalização”, informou.
O paciente que apresentar os sintomas característicos deve procurar um posto de saúde ou unidade para atendimento médico, onde o profissional solicitará o exame para constatação da dengue. O material é coletado no laboratório da Vigilância Epidemiológica no anexo ao antigo Sesp. Depois, é enviado ao Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN), em Salvador, para confirmação.
OPERACIONAL
Na última semana, também foi ministrada uma capacitação dos Agentes Combate às Endemias (ACE) para a execução do Levantamento do Índice Amostral do Aedes aegypti (LIA), nova sigla que substitui o LIRAa. Agora, a coleta domiciliar de informações sobre focos, conta com outra metodologia, acontecerá semanalmente e em localidades em que há maior incidência de casos.
O último LIRAa, realizado por semestre, aconteceu em novembro do ano passado, tendo apontado melhora significativa com a atuação dos ACEs, com a redução dos índices de 8,2% para 3,4% no ano de 2021.
A Divisão de Endemias ressalta que é preciso sensibilização da população para que os Agentes Combate às Endemias possam atuar nos domicílios. Por isso, as comunidades e condomínios residenciais devem acolher os agentes, e ainda, atuarem na prevenção da proliferação do mosquito tampando e limpando ralos, caixas d’água e lixeiras e evitando o acúmulo de água em vasos de plantas, lixos e calhas, cobrindo piscinas, cisternas e reservatórios, além de outros cuidados. Para denúncias pode ser acionado o Disk Dengue no telefone (73) 3612-8324 ou ainda no Instagram: @endemiasemfoco.