Derrubada de barracas expõe drama do comércio informal em Itabuna


Bairro São Caetano e Loteamento Nossa Senhora das Graças, perto do Hospital de Base, foram os alvos


arracas derrubadas próximo ao Hospital de Base (Foto: site Vermelhinho)

Entre ontem e hoje, foram vistas cenas deploráveis para retirada de comerciantes informais dos postos de trabalho deles. Na tarde de terça-feira, máquinas e representantes da Guarda Municipal e Polícia Militar atuaram nas proximidades do Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães, para demolir sete barracas (hoje de alvenaria).

Já hoje, também sob lágrimas de donos de barracas e expressões de revolta, foram retiradas barracas que funcionam ao longo da semana perto da feira do São Caetano. A ação, de acordo com a prefeitura, atende a determinação da I Vara da Fazenda Pública, cujo titular é o juiz Ulysses Maynard Salgado. Ele determinou que fosse feito o reordenamento nas imediações da Praça Simão Fitterman.

Não houve derrubada (ao menos no sentido físico), mas o resultado é o mesmo: vendedores ficaram sem ter onde atuar. Alguns pediam: “eles podiam deixar a gente botar barraca pelo menos sexta, sábado e domingo, pra a gente vender a mercadoria que já comprou”. Outra moça lembrou ter aprendido a função com o pai e que labuta no local há mais de 20 anos.

Os comerciantes reclamam, ainda, porque as barracas foram retiradas antes de a Prefeitura oferecer qualquer alternativa de local para eles venderem as mercadorias e dali continuarem a garantir o sustento.

Resta um

No caso do Hospital de Base, os trabalhadores questionam o fato de apenas uma barraca ter sido mantida, como se o dono estivesse sendo privilegiado em detrimento dos outros. “Ele vai ter que sair também!”, afirmou um vendedor, alegando que o proprietário da tal barraca tem parentesco com o prefeito Fernando Gomes.

O fato é que as pessoas obrigadas a abrir mão do instrumento de trabalho delas seguem sem uma solução concreta. Mandaram, vagamente apenas, que procurassem a Prefeitura.