
Uma regra básica no campo da gestão diz que “administrar é prever”. Então! Tudo que o itabunense espera do próximo prefeito, eleito neste 02 de outubro e empossado em 1º de janeiro de 2017, é que tenha capacidade de agir antes que muitos problemas aconteçam. Um deles é a epidemia de doenças provocadas pelo mosquito Aedes aegypti.
Falhas inadmissíveis
O trabalho de combate ao “Aedes” é feito ao longo do ano, sendo inadmissível ter agentes de endemias insuficientes para cobrir o território do município; inadmissível que seja usado larvicida que não mate o vetor, entre tantas outras falhas. Portanto, a gestão precisa tomar as medidas pre-ven-ti-vas, para que Itabuna nunca mais seja apontada nacionalmente por ter dezenas de milhares de vítimas das arbovirores.
Corrupção na água
Itabuna também espera do próximo prefeito que saiba se articular e cobrar uma solução para o desabastecimento de água. Não se pode mais aceitar que uma cidade de 220 mil habitantes fique esperando chover, para o fluxo dos rios – só ele? – garantir o líquido tão essencial à vida. Da mesma forma, caso o serviço continue sob o comando da Emasa (Empresa Municipal de Águas e Saneamento), é necessário ter “pulso” para ela não continue sendo o “cabide de emprego” que sempre foi; que os rendimentos não evaporem no ralo da corrupção, mantendo um inexplicável cenário de endividamento.
Calo da Saúde
A gestão na área de Saúde permanece como um dos principais desafios do prefeito de Itabuna. Há anos o município disponibiliza um serviço precário e, muitas vezes, arca com as despesas de um conjunto de cidades vizinhas – e também de longe –, numa conta sempre impossível de fechar. Ao gestor municipal, cabe encontrar o caminho para que todos os pactuados cumpram com suas responsabilidades, sob pena de nunca conseguir atender à demanda local.
Julgamento anulado
Faltando cinco dias para a eleição, a Câmara de Vereadores de Itabuna anulou o julgamento que mantinha a rejeição das contas do ex-prefeito Nilton Azevedo, referentes a 2011. Agora, há um prazo de até 60 dias para colocar a matéria em tramitação, novamente.
Na sessão de 27 de setembro, com – ou sem – as bênçãos de Cosme e Damião, 16 vereadores deram a Azevedo o “doce” de poder fugir da inelegibilidade.
As contas tinham sido rejeitadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), mas o ex-prefeito recorreu ao Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) para que a votação do legislativo fosse anulada. Ele argumentou que não houve amplo direito à defesa. No novo julgamento, para ter suas contas aprovadas, o capitão precisará de dois terços dos votos.