Mais uma vez, uma servidora itabunense chegou à agência do INSS e logo na porta teve a notícia de que a perícia agendada para aquele dia não iria acontecer. O atendente orientou que remarcasse o procedimento pela internet, mas o sistema não responde à tentativa de agendamento.
Afastada do trabalho desde abril por causa de uma úlcera no olho, teria atendimento no órgão da seguridade em maio. A perícia não aconteceu e ela desde então está sem salário e sem condição física de retornar ao trabalho.
A mulher, que atua no setor de serviços gerais há 10 anos, tem em mãos vários exames e laudos médicos que atestam a impossibilidade de continuar a atividade, na qual lida com produtos químicos de limpeza. Na verdade, esta é uma história com uma sequência crescente de dificuldades.
Dores constantes
Além do problema que surgiu no olho, a funcionária também tem hérnias de disco comprovadas em exames e pareceres médicos que atestam a impossibilidade de ela continuar no setor de higienização, onde o desgaste físico provoca dores diárias.
Entre analgésicos constantes, exames variados e documentos que provam as limitações de saúde, segue o impasse. Afora a incapacidade momentânea de trabalhar, ainda precisa esperar o dia em que uma perícia médica lhe permita ter um benefício para se sustentar enquanto não restabelece as condições físicas.
O nome da funcionária, assim como da entidade na qual trabalha, aqui será preservado. Mas a expectativa é que o problema tenha uma solução breve. Afinal, é literalmente uma questão de sobrevivência.
Não há previsão de o problema ser solucionado, assim como esta é uma situação enfrentada por muitas outras pessoas cujo salário é regularmente abatido para contribuições no mesmo INSS que aqui se mostra ausente.