“Em casa e sem comida não dá”, diz Jerbson sobre Auxílio Emergencial Municipal


Presidente da Câmara de Ilhéus defendeu criação urgente do auxílio


Um projeto para concessão do Auxílio Emergencial foi defendido pelo presidente da Câmara, Jerbson Moraes, em sessão plenária

O presidente da Câmara de Vereadores de Ilhéus, Jerbson Moraes, defendeu quarta-feira (17) a elaboração, em caráter de urgência, de um projeto de Lei que crie o Auxílio Emergencial Municipal para famílias em situação de vulnerabilidade social durante esta fase crítica da pandemia.

Ele anunciou que, na próxima semana, vai agendar um encontro com o prefeito Mário Alexandre; o secretário de Gestão e Inovação Tecnológica, Bento Lima; e o secretário de Desenvolvimento Social, Rubenilton Silva, para juntos – Executivo e Legislativo – encontrarem um caminho para viabilizar a iniciativa. O presidente convidou todos os vereadores a participar do encontro.

“É preciso objetivar este assunto, dar um passo inicial e formatar esse projeto de acordo com as possibilidades do município”, afirmou. “Não dá para pedir a população para ficar em casa, sem que ela tenha o que comer. Não é auxilio pra você ver pessoas comprando celular. É para comprar comida”, completou.

Segurança jurídica 

Jerbson Moraes informou que 14 estados já estão com municípios pagando este modelo de auxílio. O investimento chega a R$ 973 milhões e o atendimento prestado alcança 1,8 milhão de pessoas. Mas que para ter segurança jurídica, lembra o presidente Moraes, este projeto terá que partir do Poder Executivo e votado pela Câmara.

A intenção, ao envolver no debate duas pastas da administração municipal – Gestão e Inovação Tecnológica e Desenvolvimento Social – é ampliar o debate e, efetivamente saber, de onde poderiam vir os recursos e para quem eles poderão ser destinados. Na sua proposta, Jerbson explica que o valor só poderá ser destinado para a compra de alimentos, com a comunidade beneficiada comprando no próprio bairro onde reside e movimentando a economia local.

Questão de urgência 

O presidente da Câmara lembra que ações como o kit escolar, promovidas pelo estado e pelo município na fase inicial da pandemia, foram importantes para garantir a sobrevivência alimentar de milhares de famílias carentes em Ilhéus. “Esta nova proposta é questão de urgência. Corta de algum outro lugar, mas o povo não pode passar fome”, afirmou. Para criar o Auxílio Emergencial Municipal são necessárias soluções fiscais que garantam a responsabilidade social.

Grave 

Hoje em Ilhéus registra-se um crescimento acentuado no número de casos e de mortes por Covid-19. Os hospitais estão perto de um colapso. As Unidades de Terapia Intensiva estão com ocupação acima de 95 por cento, mesmo diante de todas as medidas protetivas e de tratamento disponibilizadas pelas gestões estadual e municipal.