Entre os tantos autores que lançaram livros na Bienal do Rio, Léo Motta certamente tem a história mais peculiar. Ele passou seis meses morando na rua, para livrar a mãe dos transtornos que causava a ela por causa do vício em drogas. O relato dessa experiência, que começou de forma dita recreativa quando ele tinha 14 anos, rendeu as páginas de “A vida além da marquise”.
“Ela estava triste demais ao me ver daquele jeito. Eu havia enlouquecido por causa das substâncias que ingeria. Chegou um momento no qual a coisa mais humana que podia fazer por ela e pela minha família era desaparecer, ir embora. Foi quando eu parti para as ruas. Achava que já havia chegado ao meu ponto mais baixo, mas meu inferno começou ali”, relata.
O caminho de perdas e a luta pela recuperação mostram um cenário enfrentado por tantos dependentes químicos em diversas partes do Brasil. A droga, o tráfico e toda a rede em torno desse problema que tanto se agigantou estão as principais causas da violência no país. Veja mais sobre essa história clicando aqui.