A exemplo de muitos habitantes de Itabuna, o escritor Carlos de Oliveira nasceu no município de São Cristóvão, em Sergipe, mas veio para a cidade sul-baiana ainda na infância. Aos 18 anos, começou a escrever poesias. E a hora de publicá-las em um livro só chegou em 2023, quando ele beira os 81 anos. Colocou à disposição dos amantes da literatura a obra “Uma flor em sua mão”.
“Uma poesia feita em 1964 conta a história de um menino que entregava marmita num carrinho de porta em porta e levou muitos anos para resgatar o carrinho. É minha própria história; até na casa de Raymundo Lima eu fui entregar marmita. Hoje, é uma profissão que não existe mais. Agora, lancei a poesia ‘Duas vezes’, sobre um catador de latinhas”, relatou.
Ele contou ao Diário Bahia que sua maior inspiração é a necessidade de fazer aflorar algo de bom em cada pessoa que se depare com os versos que ele escreve. “A poesia tem a função de fazer brotar os sentimentos, brotar o que há de melhor em cada pessoa”, disse.
O primeiro e único emprego formal da vida de Carlos Oliveira foi na Fundação Nacional de Saúde (FNS), onde começou aos 24 anos, na tão valorosa função de agente e passou por diferentes cargos. “Me aposentei como Educador em Saúde, não tinha mais para onde subir” recorda, acrescentando ver também nos escritos um tipo de serviço. Afinal, reitera, busca despertar bons sentimentos nos seus leitores.
