Geddel segue para presídio da Papuda



Na madrugada, Geddel chega a Brasília e é levado para a superintendência da Polícia Federal (Foto: Wilson de Sousa/TV Globo)

 

Geddel despachava no Palácio do Planalto até novembro de 2016

Preso ontem (3) em Salvador, o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) foi transferido na tarde desta terça-feira (4) da superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, para o Complexo Penitenciário da Papuda. O presídio fica a apenas 17 quilômetros do Palácio do Planalto, onde ele despachava até novembro do ano passado.

Geddel ficará detido na ala para presidiários que têm curso superior, a mesma em que o ex-deputado e ex-assessor especial do Planalto, Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), ficou preso.

O peemedebista, um dos aliados mais próximos do presidente Michel Temer e responsável pela articulação política do Palácio do Planalto até o fim de 2016, foi detido por determinação do juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal.

 

Da Bahia para Brasília

Ele desembarcou em Brasília, em um avião da PF, no início da madrugada desta terça. Em seguida, foi conduzido para a superintendência da Polícia Federal, onde passou a noite na carceragem.

A suspeita é de que Geddel agiu para atrapalhar investigações da Operação Cui Bono, que apura supostas fraudes na liberação de crédito na Caixa Econômica Federal, banco do qual ele foi vice-presidente de Pessoa Jurídica.

A investigação está centrada no período em que Geddel ocupou o cargo de vice-presidente da Caixa. À época, ele assumiu o cargo na cúpula do banco público por indicação do PMDB, que era sócio do PT no governo federal.

A apuração do envolvimento dele com as irregularidades cometidas na Caixa foi motivada por mensagens de texto registradas em um aparelho de telefone celular apreendido na casa do então deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está preso em Curitiba pela Operação Lava Jato.

 

A defesa

Após Geddel Vieira Lima ter sido preso em Salvador, o advogado Gamil Föppel – responsável pela defesa do ex-ministro – divulgou nota na qual afirmou que o mandado de prisão decretado pela Justiça Federal de Brasília é “desnecessário”.

Segundo o criminalista, há “uma preocupação policialesca muito mais voltada às repercussões da investigação para grande imprensa, do que efetivamente a apuração de todos os fatos”.

Com informações do G1