Tiros disparados a esmo no domingo (12), durante uma festa num bar da rua Samuel Tomaz, limite entre os bairros Fátima e Califórnia, em Itabuna. Este foi o cenário do 30º assassinato ocorrido na cidade, neste ano de 2017. A vítima, Vanda de Souza Lima, de 69 anos, não tinha envolvimento com a criminalidade.
Atingida no peito, ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu. Na mesma ocasião, outras duas pessoas foram atingidas e conduzidas ao Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães.
Moradores do bairro Fátima, antes pacato, estão assustados com o crescimento da violência. Por lá também têm ocorrido tiroteios, a qualquer hora ou lugar.
Na noite de sábado (10), foi executado Marcone Guimarães Novaes, de 33 anos. Ele também não tinha passagem pela polícia e morreu dentro de casa, no bairro Maria Pinheiro. Apenas no mês de março, já foram registrados seis homicídios.
Segundo o coordenador André Aragão, da 6ª Coorpin, a Polícia Civil investiga os dois casos, na busca da autoria. “Estamos vivendo um momento difícil, de disputa de facções criminosas. Essas vítimas podem ter sido de bala perdida ou pode realmente ter acontecido algum ataque”, declarou à TV Santa Cruz.
Humilhação
Por falta de médico legista, o corpo está há muitas horas à espera da necropsia. Há cinco médicos legistas no DPT (Departamento de Polícia Técnica) de Itabuna, mas dois estão de licença. Os três em atividade não conseguem atender à demanda da semana.
Resultado: a família de dona Vanda é mais uma que precisará esperar um longo tempo para se despedir –o que torna ainda maior a dor de perder um ente querido.
Atualizado às 17 horas
O corpo de dona Vanda acabou sendo necropsiado ontem, no DPT de Ilhéus. O velório ocorreu no SAF, em Itabuna, e o sepultamento foi hoje, no Cemitério Campo Santo.
