Itabuna se despede da juíza Sônia Maron; ela morreu aos 81 anos


Longa carreira na magistratura e na educação são marcas da profissional


Sônia Carvalho de Almeida Maron escreveu uma história de conquistas ao longo de 81 anos

Uma mulher firme, elegante, de olhar atento e raciocínio rápido. Em ligeiras palavras, assim era a juíza Sônia Carvalho de Almeida Maron, que faleceu na manhã desta terça-feira (21), em Itabuna. Aos 81 anos, a magistrada aposentada nasceu em Itajuípe e trilhou um sólido caminho nas esferas jurídica, acadêmica e literária.

Ela era uma das fundadoras da Academia de Letras de Itabuna (Alita), da qual foi presidente por dois mandatos e onde prezava pela valorização da tradição, da cultura e da educação neste município. Os amigos de infância, como o escritor e advogado Cyro de Mattos, lembram com carinho das histórias compartilhadas com Dra. Sônia. “Minha conterrânea que morava na rua do Quartel do Velho, onde moravam meus pais numa casa humilde. Ela merece o descanso na casa do pai eterno”, roga o escritor, também fundador da Alita.

A atual presidente da entidade, Silmara Oliveira, atribui a “elegância e a competência como marcas indeléveis da querida confreira”. “Nos deixa saudades e gratidão de partilhar do seu convívio. Rogamos ao pai celestial que seja doce essa passagem e que sua família seja confortada pelo amor divino”, clama.

O corpo dela será velado no SAF a partir das 17h30min e o sepultamento ocorrerá na manhã de quarta-feira (22).

Carreira eterna

Titular da cadeira 14 na Alita, cuja patronesse era a saudosa escritora Valdelice Pinheiro, Dra. Sônia era mestre em Direito Penal pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); foi professora da Uesc (Universidade Estadual de Santa Cruz) e atuou como juíza no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-Ba) por mais de duas décadas. Neste período, atuou na 1ª e 2ª Vara do Júri, em Itabuna.

Afora a sala de aula, o vasto conhecimento dela foi compartilhado em palestras, artigos, bem como no livro “Legítima Defesa no Tribunal do Júri”.

Além da legião de amigos, deixa órfãos os filhos Otávio César, Ana Clara e três netos (Beatriz, José Ricardo e Yasmin).

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