Jussari: prefeito defende agronegócio regional mais forte


Antônio Valete incentiva lideranças a uma luta conjunta pelo setor na região


Antônio Valete é também presidente do Consórcio Intermunicipal do Sul da Bahia (CIMA)

“Devemos inverter nossos monóculos e olhar com outros olhos para a agricultura e o agronegócio do Sul da Bahia”. A afirmação é do prefeito de Jussari e presidente do Consórcio Intermunicipal do Sul da Bahia (CIMA), Antônio Bandeira Valete, ao defender a busca de alternativas para o fortalecimento do Agronegócio regional.

Valete apresentará no próximo 22 de março, dia Mundial da Água, o programa “ATER Para Todos”, com projetos de alta produtividade. O evento contará com a participação de pesquisadores da Ceplac como Ivan Costa, idealizador do projeto Cacau 500; Dan Lobão, também professor da Uesc e especialista em Sistemas Agroflorestais; além de Volnei Fernandes, apresentando o programa Produtores de Água.

Para o evento, considerado um marco no processo de busca pelo crescimento e fortalecimento econômico a partir do agronegócio e da valorização da agricultura, foram convidados todos os prefeitos consociados não só ao CIMA, mas também representantes da AMURC, CIAPRA, Consórcio Litoral Sul, Secretários de Agricultura, lideranças locais e regionais.

Entendendo a necessidade de toda cooperação técnica possível, Valete solicitou o apoio da Uesc, UFSB e retoma a parceria com IEA – Instituto de Economia Agrícola do Governo de São Paulo. O intuito é construir uma agenda com os governos Federal e Estadual, para tratar de uma pauta cada vez mais urgente: “O Desmonte da Pesquisa e da Assistência Técnica e o programa de Recuperação do Cacau”.

Unindo forças

De acordo com o presidente do CIMA, os gestores dos vastos territórios agrícolas estão alheios aos resultados que o cacau, o gado, a seringa e outras culturas geram de divisas para o Estado e para o País. “O cacau chegou a um preço formidável e é aqui, no Sul da Bahia, em nosso território, que ele é produzido, mas infelizmente não sabemos como é dividido esse bolo. Nós, prefeitos, temos que fazer essa autocrítica, de certa forma não estruturamos nossas gestões para acompanhar tecnicamente o que produzimos, esse é o nosso PIB municipal, que muitas vezes só conhecemos pelos dados do IBGE”, argumentou.

Ele citou questões que entende merecer reflexão dos pares: “Permitimos o desmonte da EBDA e da Ceplac, instrumentos importantíssimos no auxílio ao produtor, fomos omissos, mas ainda podemos assumir o protagonismo de ações que ajudem o agricultor. Nossos agricultores estão endividados e tanto a dívida quanto o crédito desses agricultores devem ser nossas pautas, eles são os geradores de empregos e riquezas, sejam eles pequenos ou grandes”, destacou Valete.

Valete compartilha seus anseios com líderes regionais como: Marcone Amaral, prefeito de Itajuípe e presidente da AMURC; Leo de Neco, prefeito de Gandu e presidente do Consórcio Intermunicipal do Mosaico das APAS do Baixo Sul (CIAPRA); Antônio de Anízio, prefeito de Itacaré e presidente do Consórcio Litoral Sul, além de diversas lideranças que se solidarizam com a causa e entendem a importância dessa união em busca de resultados positivos para a região.

“Vamos ao Congresso, ao presidente da República, vamos convocar nossas instituições CNM e UPB para essa causa. As emendas dos nossos deputados são muito bem vindas, mas está na hora de conhecermos nosso quinhão nesse latifúndio. Esperamos que os políticos da Bahia nos ajudem nessa empreitada”, concluiu Valete.