As mulheres são pioneiras na área da tecnologia e suas contribuições são fundamentais não apenas no desenvolvimento tecnológico, mas também na busca por mais equidade na área. Historicamente o número de homens em cursos da área da tecnologia é maior que o de mulheres, consequentemente, o mercado de trabalho também apresenta essa diferença. Segundo a pesquisa realizada pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), esse cenário tem mudado e a participação feminina tem crescido nos últimos cinco anos, passando de 27,9 mil mulheres para 44,5 mil, em 2019. Porém, mesmo com esse crescimento, as mulheres ainda são minoria nos cursos de graduação, no mercado de trabalho e ainda enfrentam dificuldades como desigualdade salarial e falta de incentivo.
De acordo com a Profª. Me. Aline Duarte Riva, o baixo interesse das mulheres pela tecnologia também possa vir da falta de conhecimento sobre os cursos entre as estudantes. “Acredito que esse baixo interesse das mulheres pela tecnologia possa vir da educação em nível médio, onde muitas vezes esses cursos da área de computação não são tão conhecidos ou procurados, quando comparados aos cursos relacionados à administração, direito e nas áreas da saúde, como enfermagem e medicina. Talvez seja necessário desenvolver um trabalho de base”, enfatiza a professora.
Na Universidade La Salle cinco cursos trabalham a inovação e a tecnologia: Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Ciência da Computação, Ciência de Dados, Gestão da Tecnologia da Informação e Rede de Computadores e são opções para quem deseja acessar essa área. Interessada em tecnologia desde pequena, a egressa de Ciências da Computação Ana Jornada acredita que o conhecimento técnico básico e soft skills que aprendeu logo no início de seus estudos na Unilasalle foram essenciais na sua busca por um lugar no mercado de trabalho. “A Universidade me ajudou bastante a ter base técnica que eu precisava e também soft skills que é a parte de comunicação e trabalho em equipe. Isso me ajudou a conseguir o meu primeiro emprego”, conta a egressa.
Acolhimento e incentivo
As estudantes Geovanna Cristine Corrêa Ribeiro, 20 anos e Stephany da Rosa Brazeiro, 22, cursam Ciência da Computação na Universidade La Salle e contam como foram motivadas a ingressar no curso e também a percepção quanto a presença de mulheres na área. Stephany está no 7º semestre e foi eleita recentemente presidente do Diretório Acadêmico do curso e lidera um grupo formado apenas por alunas, diz que desde pequena no contato com games e o uso do computador a ajudou na escolha pela graduação. E aponta o que na sua opinião faz com que menos mulheres ingressem ou permaneçam nos cursos: a falta de incentivo. Além disso, a estudante sente falta de que se fale mais sobre a contribuição feminina na área. “Tivemos grandes mulheres que contribuíram muito na área de tecnologia, porém pouco se fala a respeito delas. Apesar dos diversos acontecimentos que fazem ter poucas meninas em nossa área, existe um aumento de matrículas na Unilasalle o que despertou em mim e nas minhas colegas a criar um diretório acadêmico totalmente feminino tendo como objetivo não só assuntos acadêmicos, mas também acolher as meninas que estão iniciando em nosso curso”, enfatiza Stephany.
Mercado em ascensão
Para Geovanna, a crescente demanda mercadológica influenciou na escolha, além da aproximação com a robótica e Inteligência Artificial e a facilidade com disciplinas que envolvem exatas e o idioma inglês. Ela consegue vislumbrar um crescimento um pouco lento, segundo ela, mas já significativo na procura. A estudante, que está no 5º semestre, afirma que também é necessário “fugir” dos rótulos que querem definir o que é uma profissão para mulheres e homens. “Quando comentam-se sobre cargos, as indicações para seguir licenciatura, psicologia e moda são ‘sempre’ para meninas, enquanto as profissões de engenharia, computação e ciência são comumente dirigidos aos meninos. Realmente esta questão pode ser ampliada para uma discussão mais longa, principalmente enquanto existirem pessoas que pensem nas profissões como uma ferramenta de distinção entre sexo feminino e masculino e na maneira como a sociedade encara essa situação, sem dar a devida atenção”, afirma Geovanna.
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