Nutricionista fala sobre importância da alimentação no combate ao coronavírus


Reforço na imunidade para prevenção e recuperação da covid-19


Ana Júlia Mafuz também dá dicas de como manter o peso adequado neste período de pandemia

Usar máscaras, lavar as mãos constantemente, usar álcool em gel e evitar aglomerações. Essas são medidas que fazem parte da vida das pessoas desde o início da pandemia. Mas você sabia que a alimentação também é um fator importante na prevenção ao novo coronavírus? É o que explica a nutricionista Ana Júlia Mafuz, da ViverClin.

Em entrevista ao Diário Bahia, a profissional destaca que alguns alimentos são capazes de fortalecer o sistema imunológico. Dessa forma, o organismo fica mais preparado para combater qualquer invasor, como o tão temido vírus. Confira abaixo:

 

De que forma a alimentação pode prevenir e combater o coronavírus?

A nutrição é um fator determinante da saúde imunológica do ser humano. Os nutrientes atuam de forma integrada, sinérgica e um melhor estado nutricional reduz a incidência de diferentes infecções respiratórias e gastrointestinais, virais (Covid-19) ou bacterianas.

Quais alimentos fortalecem o sistema imunológico?

Alimentos ricos em vitamina A, vitamina C, vitamina D, selênio, zinco e ácido fólico. São eles:

Alho: Rico em vitaminas A e C, atua diretamente no sistema imunológico;

Frutas cítricas (laranja, acerola, kiwi, abacaxi e morango): Ricos em vitaminas C e E;

Gengibre: Rico em vitaminas B6 e C, tem ação bactericida e reduz a inflamação;

Peixes (salmão, atum e sardinha): Ricos em Ômega-3, reduz o processo inflamatório, aumentando a imunidade;

Vegetais escuros (brócolis, couve, espinafre, agrião) e cogumelos: Ricos em ácido fólico, aumenta a produção de células de defesa e, consequentemente, a imunidade.

O que não pode faltar na alimentação durante esse período de pandemia?

Alimentos fontes de cálcio e vitamina D, como leite e derivados; frutas cítricas, como maracujá e abacaxi, fontes de vitamina C; legumes, ricos em vitaminas A e C, como batata, cenoura e abóbora; leguminosas, ricos em ferro e vitamina B12, como feijão, lentilha, grão-de-bico; alimentos folhosos, ricos em ferro e ácido fólico, como agrião, couve e brócolis; alimentos ricos em selênio, como castanhas (consumir duas unidades ao dia); alimentos ricos em zinco (mineral regulador da atividade antiviral), como sementes de girassol e abóboras sem casca.

Além da questão do coronavírus, algumas pessoas relataram ganho de peso durante o período de quarentena. O que deve ser feito para mudar essa realidade?

Tenho recebido muitos pacientes com relatos de transtornos de ansiedade associados ao ganho de peso. Nesse viés, vários fatores têm contribuído para este fato, como por exemplo: perda de emprego, diminuição da renda e da autoestima em períodos de isolamento social. Assim, a fim de mudar essa realidade, sugiro uma reeducação alimentar associada a uma vida fisicamente ativa, incluindo a prática de exercícios, mesmo com as restrições de locais para prática de atividade física que ocorrem agora.

Quais medidas práticas podem ser tomadas diariamente para se obter uma alimentação saudável?

Evitar ingerir frituras, alimentos gordurosos, excesso de sal e açúcar;

Procurar iniciar suas refeições sempre com saladas cruas à vontade, passando depois para a refeição principal;

Ingerir líquidos apenas duas horas após as refeições;

Fracionar bem sua alimentação: desjejum, lanche, almoço, lanche, jantar e ceia (lanches sempre com frutas);

Beber muitos líquidos durante o dia, no mínimo dois litros;

Substituir o açúcar refinado pelo açúcar mascavo;

Preferir leite e derivados desnatados;

Ingerir alimentos ricos em fibras: vegetais, frutas, alimentos integrais (melhora o funcionamento intestinal);

Utilizar temperos naturais;

Preferir peixe e frango, deixando a carne vermelha para ser consumida uma ou duas vezes na semana.

Sabemos que a obesidade é um dos fatores de risco para o coronavírus. É possível emagrecer mesmo em meio a toda essa tensão que estamos vivendo? A parte psicológica pode interferir nesse processo?

Sim. Nesse contexto de tensão, as pessoas que almejam a perda de peso necessitam, primeiro de tudo, de determinação para que consigam alcançar a sua meta. Assim, deve-se tomar a iniciativa de procurar o auxílio de um profissional nutricionista para a elaboração de um plano de reeducação alimentar associado à prática regular de atividade física. Por fim, é imprescindível que o indivíduo procure um equilíbrio entre o seu emocional e a conduta dietoterápica.

Sobre a ViverClin

Ana Júlia Mafuz atende na ViverClin, uma clínica médica e ocupacional de Itabuna. Além de nutricionista, a ViverClin também oferece consultas com psicólogo, clínico geral, médico cirurgião, cardiologista, geriatra e gastroenterologista. E a expectativa é de que em breve novos especialistas passem a integrar a equipe médica.

Localizada no Centro de Itabuna, também conta com médico do trabalho e realiza exame admissional, periódico, de mudança de função, de retorno ao trabalho e demissional.

Já para as empresas, oferece a implantação do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), Laudo Técnico das Condições do Ambiente de Trabalho (LTCAT), Programa de Conservação Auditiva (PCA), além de Laudo Ergonômico.

Com uma estrutura física que assegura conforto e segurança aos pacientes, a ViverClin também realiza uma variedade de exames diariamente: eletrocardiograma, eletroencefalograma, acuidade visual, audiometria, raio x, ultrassonografia, espirometria, exames laboratoriais e toxicológico.

A clínica fica localizada na avenida Duque de Caxias, número 233. O telefone para o contato é (73) 3211-1506 ou (73) 98848-9978 (WhatsApp e ligações).