Chegou dezembro. Aquele momento em que a gente realmente se dá conta de que mais um ano está acabando, mais um ciclo se encerra. Aquela boa e velha musiquinha começa a ecoar em nosso inconsciente: e o que você fez?
Com todo esse contexto de pandemia, pode ser que esteja rolando aí dentro de você, meu amado leitor, aquela sensação de repetição, de que a vida está se tornando um ciclo sem fim de semanas e semanas iguais e, qualquer coisa que nos remeta ao pensamento de que a vida seja repetitiva, nos causa um grande desconforto.
E, meu tão querido ser que lê estas linhas aí do outro lado, eu te digo mais: não é normal sentir que a vida é uma grande repetição. A vida é movimento, é fluidez, é abundância, é crescimento, é para a frente!
Quando a gente se acostuma ao dia a dia de trabalho sem presença, só para cumprir as horas e receber o salário no final do mês; em ficar vagando nas Redes Sociais durante a noite, sentado no sofá enquanto a nossa vida passa, é aí que surge essa sensação de repetição. E isso é, na verdade, um sintoma. Um sintoma de que você provavelmente tenha esquecido de buscar e conquistar o que realmente importa, tenha esquecido do verdadeiro porquê de estarmos aqui.
A gente não está aqui para encenar um papel social. Ser pai, advogado, esposa, namorada, terapeuta. Definitivamente não! O que a gente encontra lá na frente quando acredita neste percurso é angústia, vazio e tristeza.
Somos humanos! E é essa nossa humanidade que está acima de qualquer papel social que a gente desempenhe, é nela que a gente precisa focar. Desempenhar papéis têm, sim, seu lugar e valor, desde que a gente seja fiel aos nossos próprios, desde que a gente não esqueça de nós mesmos para ser uma boa mãe, um bom professor, um bom pai, um bom atendente. É aí que reside a nossa motivação e alegria!
Quantas vezes ouvimos que precisamos agir menos como nós mesmos e mais como profissionais, pais, mães, filhos? Nos cobram posturas de acordo ao nosso papel. E onde fica a nossa autenticidade?
Repare bem, não estou dizendo aqui para a gente fazer tudo que vier na telha, mas sim que a gente tenha força para usar sabiamente a nossa autenticidade.
Estamos vivendo uma vida com ações fingidas ou autênticas?
A sua vida está sendo um palco para fingimento ou é você o autor da sua própria história?
Esse é o verdadeiro crescimento, meu caro leitor: quando a máscara cai e uma virtude se ergue.
Você é humano!