O JEITO DE AUGUSTO CASTRO


Segundo Wense, na questão política, Augusto sabe lidar com as diferenças.


O prefeito de Itabuna, Augusto Castro (PSD), foi um bom deputado estadual nas duas vezes que exerceu o mandato. Um parlamentar atuante e sabedor do caminho para buscar as verbas para os municípios.

Através de emendas de deputados federais, principalmente do seu então partido PSDB, Augusto, hoje um ex-tucano, direcionava os recursos para o sistema de saúde.

Essa experiência na Assembleia Legislativa vai ser muito importante na função de maior autoridade do Poder Executivo municipal, principalmente no relacionamento com a Câmara de Vereadores, que não pode abrir mão de sua independência, sob pena de cair no descrédito.

Na questão política, Augusto sabe lidar com as diferenças. Tem boa penetração nas legendas, independente do viés ideológico. Busca sempre a harmonia e o diálogo. É o seu jeito.

Portanto, no campo da boa convivência com as lideranças políticas e com os partidos que pretendem fazer oposição ao governo, se depender de Augusto Castro, tudo ocorrerá de maneira respeitosa, sem atrito.

A expectativa fica por conta de Augusto Castro gestor, como se comportará diante das enxurradas de problemas que vão aparecer, que, às vezes, precisam de uma decisão mais dura, mesmo que possa provocar uma insatisfação entre as siglas que lhe apoiaram na campanha, mais especificamente as que integraram a coligação. Coisa errada se pune com demissão.

Augusto tem pela frente dois grandes desafios: a coleta de lixo e o transporte coletivo. Rever os contratos do governo anterior com as empresas que faziam esses dois essenciais serviços é missão urgente e imprescindível. No tocante ao lixo, o preço pago é assustador.

O Augusto prefeito, em determinadas situações, vai ter que dar um chega pra lá no então Augusto deputado estadual. Os Poderes são diferentes e tem suas peculiaridades.

Não se pode ainda definir qual será o jeito de Augusto Castro no Executivo. Mais cedo ou mais tarde, virá à tona. É só uma questão de tempo. E o tempo, além de ser o senhor da razão, é inexorável.