A declaração que intitula o editorial de hoje é do prefeito eleito Augusto Castro (PSD), dada ao blog do Gusmão, da nossa vizinha e irmã cidade de Ilhéus.
A partir do segundo semestre de 2021, logo após as festas juninas, o assunto político passa a ser a sucessão estadual. Nos bastidores, longe dos holofotes e do povão de Deus, a cúpula dos partidos já tem como pauta a eleição para o comando do Palácio de Ondina.
O senador Otto Alencar, presidente estadual do PSD, mesma legenda de Augusto Castro, já deu claros sinais de que não vai abrir mão de sua candidatura ao governo da Bahia. Sem dúvida, uma boa notícia para ACM Neto (DEM), também candidatíssimo, que torce para que a base aliada do governador Rui Costa não fique unida em torno do pleito de 2022.
Vale lembrar que a candidatura do senador Jaques Wagner, mais por uma exigência do ex-presidente Lula do que por vontade própria, é irreversível. Depois da vitória do democrata Bruno Reis, conquistando o Thomé de Souza, liquidando a fatura logo no primeiro turno, o ex-governador não tem como fugir do pedido do petista-mor, que continua achando que terá sua elegibilidade legitimada.
Augusto Castro disse que vai procurar o governador Rui Costa, maior nome do lulopetismo na Bahia, para “organizar as forças políticas”. Que forças políticas são essas ? Organizar as forças políticas para apoiar a candidatura de Otto Alencar ? Vale lembrar que o PSD nacional integra a base de apoio ao presidente Bolsonaro.
O que quis dizer o prefeito eleito com organizar as forças políticas ? Estaria Augusto sinalizando que o PT e PCdoB de Itabuna podem ocupar cargos na prefeitura ? Não sei qual a posição do diretório municipal do PT sobre um eventual convite. O PCdoB deve indicar alguns nomes para o governo AC, obviamente que, pelo menos um, para o primeiro escalão. A secretaria de Educação é a mais cobiçada pelos comunistas.
Não estamos nem no começo de muita especulação e brigas por espaços na gestão do prefeito eleito, o ex-deputado estadual Augusto Castro.
No mais, esperar a poeira assentar e a nomeação do secretariado para uma análise mais incisiva.
PS – Organizar as forças políticas da base aliada para depois apoiar Otto Alencar ao governo da Bahia, dando um chega pra lá em Jaques Wagner, é muito complicado.